Rafael Correa admite ‘crise difícil’ diante de protestos no Equador

A revolta de 2010 deixou dez mortos

O presidente do Equador, Rafael Correa, admitiu neste sábado que os protestos da oposição deflagrados em 8 de junho passado representam a “crise política mais difícil” que já enfrentou em oito anos de governo. “Esta é a crise política mais difícil, só comparada a de 30 de setembro” de 2010, quando um grupo de policiais se revoltou contra o governo, disse o presidente de esquerda em seu programa semanal de rádio e TV.
A revolta de 2010, que deixou dez mortos, é classificada oficialmente como uma tentativa de golpe de Estado, e vários policiais já foram julgados pelo episódio. Correa reconheceu que os atuais protestos, que exigem sua renúncia, têm afetado sua popularidade, mas destacou que o governo está reagindo e recuperando o apoio da população.
O presidente enfrenta uma onda de protestos – envolvendo políticos, empresários, indígenas e setores das classes média e alta – deflagrada por um projeto para redistribuir a riqueza por meio da elevação dos impostos de renda e sobre heranças.
A oposição também rejeita uma emenda constitucional que tramita no Congresso, controlado pela situação, para permitir que Correa concorra a mais um mandato presidencial, em 2017.
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