Ministro pede “convergência de visões” entre governo e Congresso
O ministro ressaltou que o Brasil tem dificuldades estruturais, mas ponderou que o governo está fazendo um grande esforço para melhorar a situação fiscal
O ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, defendeu no início da noite desta quarta-feira que haja uma “convergência de visões” do governo e do Congresso Nacional para garantir que o País não perca o grau de investimento.
Ao alterar o viés da nota de crédito do Brasil nesta terça-feira de estável para negativo, a agência de classificação Standard & Poor’s deixou claro que uma das dificuldades do País é o Congresso hostil. Para Monteiro, o Congresso “vai dar uma contribuição maior do que a que já deu”.
O ministro ressaltou que o Brasil tem dificuldades estruturais, como a característica de haver uma grande quantidade de gastos obrigatório no orçamento, mas ponderou que o governo está fazendo um grande esforço para melhorar a situação fiscal. “Acho que com essa aliança com o Congresso Nacional e com essa convergência de posições nós vamos, seguramente, manter o grau de investimento”, afirmou após reunião do Conselho Consultivo do Setor Privado, parte da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
Câmbio
Sobre a desvalorização do real frente ao dólar, o ministro disse que o patamar atual do câmbio traz competitividade ao setor exportador brasileiro e afirmou acreditar que o patamar deve ser mantido com o real mais fraco.
“Tudo indica que essa tendência de flutuação do câmbio, no sentido de uma desvalorização, veio pra ficar, porque a nossa moeda esteve fortemente valorizada nos últimos dez anos”, afirmou.
“O câmbio compensa algumas desvantagens que o Brasil tem. Custos logísticos mais altos, temos problemas associados à estrutura de tributação e, portanto, o câmbio é um elemento muito importante para compensar essas desvantagens que o Brasil acumulou”, completou o ministro.
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