EUA: autor de tragédia racial de Charleston alega inocência

O advogado do réu, David Bruck, afirmou que seu cliente está disposto a se declarar culpado, mas que os procuradores federais ainda não lhe disseram se iriam buscar uma condenação à pena de morte

O americano Dylann Roof, de 21, acusado de assassinar nove fiéis na emblemática Emanuel African Methodist Episcopal, em Charleston (sudeste dos EUA), em 17 de junho, declarou-se inocente, nesta sexta-feira, em um tribunal federal.
Roof compareceu algemado em sua primeira audiência em um tribunal de Charleston (Carolina do Sul) desde sua acusação em 22 de julho pelo que pode ter sido o pior crime racista na história recente do país.
Formalmente indiciado em 7 de julho por nove assassinatos e três tentativas de assassinato, em 22 de julho, um júri federal acrescentou a acusação de crime racista, no âmbito da lei sobre crimes de ódio, motivados por raça ou religião.
O advogado do réu, David Bruck, afirmou que seu cliente está disposto a se declarar culpado, mas que os procuradores federais ainda não lhe disseram se iriam buscar uma condenação à pena de morte.
O juiz federal Bristow Marchant levou cerca de meia hora na leitura das 33 acusações.
“O processo começou. É uma longa viagem, mas estamos decididos a garantir que se faça justiça, finalmente”, declarou à imprensa o pastor interino da Igreja de Charleston, Norvel Goff, ao deixar o tribunal.
O processo deve começar em julho de 2016.
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