Reunidos na Alemanha, os líderes do G7 concordaram nesta segunda-feira (8) em adotar esforços para limitar em dois graus centígrados o aumento da temperatura mundial.
Um acordo sobre o clima era uma das principais pretensões da chanceler alemã, Angela Merkel, que hospedou as reuniões na Baviera, iniciadas ontem.
Após muitas desavenças, os líderes do G7 se comprometeram em manter em até dois graus o aumento da temperatura global e a criar um fundo para combater as mudanças climáticas.
No comunicado final, os líderes do G7 também demonstraram otimismo com a retomada econômica mundial, mas ressaltaram que ainda é preciso tomar medidas para um crescimento sustentável e balanceado.
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, fez questão de ressaltar que o país não sofre mais com a crise econômica e que, agora, é parte da “solução” para o problema. De acordo com fontes locais, o G7 também decidiu acelerar as negociações para o acordo de livre-comércio entre a União Europeia e os Estados Unidos, conhecido como TTIP.
Outra questão discutida pelos líderes e que consta no comunicado é sobre o combate ao tráfico de imigrantes. “As recentes tragédias no Mar Mediterrâneo mostram a urgência de enfrentar o fluxo global de imigrantes e, particularmente, o crime de tráfico de migrantes”.
Rússia
As sanções contra a Rússia, que foi excluída do G8 após a anexação da Crimeia, estiveram entre os principais assuntos debatidos na cúpula.
“Estamos discutindo os interesses compartilhados pelo mundo democrático ocidental. Putin, que de nenhuma maneira participa deste processo, não tem lugar na mesa e acredito que não há nenhum líder que possa defender seu lugar no G7”, disse o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu homólogo francês, François Hollande, disseram ainda que estão dispostos a manter as sanções contra a Rússia até que Moscou implemente completamente os acordos assinados em Minsk sobre a crise na Ucrânia. A ideia foi apoiada por Merkel, que destacou que está pronta para, “caso necessário, reforçar as sanções” contra o país.
Grécia
Além da questão russa, os problemas financeiros da Grécia também estiveram na pauta da cúpula do G7. Merkel confessou que a Europa não quer que Atenas deixe a zona do euro, mas destacou que o país precisa apresentar propostas concretas.
“Cada dia conta para uma solução da questão grega”, comentou.
A próxima cúpula do G7, no ano que vem, será realizada no Japão, na cidade de Shima, que conta com 50 mil habitantes. Em 2008, o grupo também se reuniu no país, na ilha de Hokkaido.