ECONOMIA

FMI diz que Estados Unidos devem esperar até 2016 para elevar taxa de juros

FMI baixou de 3,1% para 2,5% a 3% a previsão de crescimento da economia norte-americana

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou hoje, 04, para baixo a previsão de crescimento para os Estados Unidos em 2015 e recomendou que o Federal Reserve (Fed) – o Banco Central americano – espere até 2016 para elevar a taxa básica de juros do país.
O FMI baixou de 3,1% para 2,5% a 3% a previsão de crescimento da economia norte-americana em 2015 e 2016, respectivamente. A previsão anterior era de crescimento de 3,1% para os dois anos.
No relatório sobre a economia dos EUA, o FMI também elevou ligeiramente a projeção de inflação para este ano, passando-a de 0,4% para 0,7% e indicou que a meta do Fed, de uma taxa de inflação próxima de 2%, só será atingida em meados de 2017.
Diante desse quadro, o FMI considerou que o Fed só deve aumentar as taxas de juros no primeiro semestre de 2016. A presidente da instituição norte-americana, Janet Yellen, e o comitê de política monetária do banco têm dado sinais de que poderá haver um aumento ainda este ano.
Segundo o FMI, o Fed deve esperar “por sinais tangíveis de aumento dos salários e dos preços” antes de iniciar a normalização da sua política monetária.
“Atrasar um aumento das taxas de juros seria um seguro importante contra os riscos de uma baixa da inflação”, avaliou o FMI, que considera necessário “conservar as taxas entre 0 e 0,25% até o primeiro semestre de 2016”. As taxas de juros de referência da Fed estão neste nível desde o fim de 2008.
De acordo com o FMI, o aumento dos juros, que seria o primeiro em quase nove anos, pode provocar “uma volatilidade importante”. O fundo internacional sugere ainda uma melhoria da comunicação, com conferências de imprensa após cada reunião de política monetária, o que não acontece atualmente.
Na avaliação do FMI, a valorização registada nos últimos meses tornou o dólar “moderadamente sobrevalorizado”, mas há ainda o risco de uma nova valorização que seria “nefasta”.
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