Dois amazonenses, identificados como Klender Hideo de Paula Ida, 24 anos, e o piloto Fernando César Silva da Graça, de 29 anos, morreram no último fim de semana, após o avião em que estavam ser abatido por forças venezuelanas. Os brasileiros transportavam 616 pacotes de cocaína e, segundo o governo da Venezuela, a droga era procedente da Colômbia.
Na aeronave, modelo EMB-820-C, foram encontrados os documentos dos brasileiros, US$ 500 e 1.700 pesos colombianos. De acordo com o governo do país, a aeronave foi abatida após ser detectada pelo serviço de inteligência das forças armadas do país, ainda na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, e foi considerada “invasora”. O governo afirmou ainda que os brasileiros haviam tentado alterar o prefixo da aeronave para enganar as autoridades do país.
O Itamaraty afirma que a Venezuela informou o ocorrido à Embaixada do Brasil em Caracas na segunda-feira (25/5), que está em contato com as autoridades venezuelanas para obter esclarecimentos e que mantém “contato com as famílias para prestação de apoio consular”.
Ainda segundo o Itamaraty, não há verba para traslado de corpos do exterior para o Brasil. Os consulados do Brasil no exterior, por sua vez, prestam todo o apoio possível na obtenção de documentos (como certidão de óbito) junto às autoridades locais, levantamento de orçamentos junto a empresas especializadas e outras providências. Os corpos aguardam liberação no Hospital Central de Valencia. Funcionários do Consulado em Caracas já estão prestando apoio ao pai de Klender Hideo De Paula Ida, cuja chegada na Venezuela estava prevista para a manhã desta quinta-feira (25/5).