Internado desde o dia 18, o alemão Markus Muller morreu na madrugada desta quinta-feira, 28, no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O homem teve mais de 50% do corpo queimado depois que o apartamento em que ele morava, em São Conrado, na Zona Sul, explodiu. Nessa quarta, 27, o diretor do Instituto de Criminalística Carlos Éboli Sérgio William havia informado que a explosão foi causada por um acidente em uma instalação de gás da cozinha.
Ficou comprovado tecnicamente que a peça que deveria vedar o gás utilizado no fogão não foi rosqueada com a pressão adequada, causando o vazamento. “A conclusão da perícia é de que o ocorrido foi um acidente. Foram constatados também azulejos sobre azulejos; essas reformas atuais acarretam isso, pois aumentam a profundidade da peça que recebe a recepção e impedem a fixação total do rabicho, que é a peça”. Também ficou constatado que a instalação do equipamento era recente e que o acionamento do interruptor acionou a detonação. “Houve imperícia, negligência e imprudência”, declarou ele.
William também esclareceu que, tecnicamente, não foi constatado indício da presença de nenhum outro indivíduo que não o morador do apartamento onde houve o acidente. O laudo final deve ser concluído em aproximadamente 30 dias.
Entenda
A explosão ocorreu na segunda-feira, 18, e causou a destruição de apartamentos do Edifício Canoas, na Rua General Olímpio Mourão Filho, em São Conrado. Vários apartamentos foram danificados e quatro pessoas ficaram feridas — uma foi encaminhada para o hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, e três atendidas no local pelos bombeiros. A estrutura do prédio não foi comprometida, mas os apartamentos, áreas comuns e rede de serviços terão de passar por reparos.