Escolha da raça deve levar em conta perfil da família
Consultar um veterinário, adestrador ou criador nesse momento pode ser um bom começo para acertar
Eu, você, dois filhos e um cachorro! Para quem topou a proposta de família desenhada na música do sertanejo Luan Santana, é hora de avançar para um segundo passo: a escolha do peludo ideal para quem já mora na casa. E o que não faltam são opções. É bom observar detalhes como o espaço disponível para o animalzinho e o perfil das pessoas com as quais ele vai conviver. Vai ser um cão de guarda? Fazer companhia para idosos ou crianças? Acompanhar o dono nas atividades físicas? Feita essa análise, é só se informar sobre o porte e o temperamento do pet e abrir as portas para ele. Consultar um veterinário, adestrador ou criador nesse momento pode ser um bom começo para acertar.
Para quem é estreante, o veterinário Fernando Bretas, professor da UFMG e juiz de exposições caninas, dá algumas dicas que devem ser levadas em conta e lembra que todo cão é bom, desde que se adapte ao seu estilo de vida. “Ter o pelo mais longo ou curto pode influenciar na escolha, principalmente para quem mora em apartamento ou é alérgico. Tem que ver se ele é muito agitado, se late muito, é mais obediente ou independente. Outra coisa é a longevidade da raça e a possibilidade de ocorrência de doenças genéticas que podem determinar problemas no futuro.”
Pessoas que tenham alergia, por exemplo, devem optar por cães de pelagem curta, como foxter terrier brasileiro e o pinscher. Já o pug deve ser evitado, pois solta muito pelo, assim como labradores e os golden retrievers. As pequenas raças de companhia, como poodle, yorkshire, maltês, shih-tzu, lhasa apso e pequinês, se adaptam a espaços pequenos e podem ser boas opções para quem tem criança em casa. A recomendação do veterinário é que crianças com menos de 7 anos não tenham um cão, para evitar transtornos.
Para o veterinário Marcos Xavier Silva, professor da UFMG, escolher um cachorro pela raça dá ao novo dono a vantagem de saber que ele tem chance de responder a um temperamento pré-estabelecido. Por exemplo, apesar do tamanho e da aparência, o boxer é uma raça consagrada internacionalmente como a melhor para conviver com crianças. Também são indicados os cães pastores, como o pastor-alemão. “Eles têm como índole conviver com grupos. Já o pinscher é agitado e menos tolerante, o que pode causar problema”, afirma.
O QUE OBSERVAR
Para crianças
Boxer, cães pastores e de companhia, como poodle, yorkshire, maltês, lhasa apso e pequinês. Evitar pinscher
Casas grandes
Os cães de guarda, como fila brasileiro e rottweiler, e os de porte gigante, como mastiff inglês, napoliano e dog alemão
Casas pequenas
Cães de pequeno porte e temperamento mais tranquilo, como yorkshire, maltês e whippet, e os treinados
Para idosos
Collie (lessie), pastor-alemão, akita e algumas raças de companhia como yorkshire, schnauzer e bichon frisé
Para os esportistas
Labrador e golden retriever