O fraco desempenho da economia fez o governo reduzir em 5,3% a previsão de receitas da União para este ano. Segundo estimativas divulgadas hoje (22/5) pelo Ministério do Planejamento, a receita líquida da União caiu de R$ 1,223 trilhão, valor aprovado no Orçamento Geral da União, para R$ 1,158 trilhão, diferença de R$ 65,129 bilhões.
De acordo com o governo, a queda será liderada pelas receitas não administradas, que deverão cair R$ 31,8 bilhões, puxadas pela queda na cota parte de compensações financeiras e pela diminuição dos dividendos das estatais federais.
Na sequência, a Previdência Social, que deverá arrecadar R$ 28 bilhões a menos que o inicialmente previsto, e as receitas administradas pela Receita Federal, que devem cair R$ 16,3 bilhões na comparação com a estimativa inicial.
Para chegar ao contingenciamento de R$ 69,946 bilhões, a equipe econômica usou a previsão de queda de receitas e somou R$ 4,816 bilhões da previsão de aumento de despesas obrigatórias, que não podem ser cortadas.
Segundo o Ministério do Planejamento, as maiores altas de gastos obrigatórios serão da compensação do Tesouro pelas desonerações da folha de pagamento, que saltou R$ 4,5 bilhões, e o aumento de R$ 1,6 bilhões no pagamento de subsídios, subvenções e no Programa Proagro.