CRIME AMBIENTAL

Tragédia de Brumadinho completa 10 dias; veja contribuições dos Bombeiros do MA

O resgate de centenas de vítimas desaparecidas prossegue. Neste domingo (3), a equipe maranhense completa sete dias de atuação na cidade mineira. Relembre seus feitos

Bombeiros maranhenses completam sete dias em atuação em Brumadinho. Foto: CBMMA/Divulgação

Completa, neste dia 3 de fevereiro, 10 dias do tragédia ambiental de Brumadinho, em Minas Gerais. No dia 25 de janeiro, a barragem de rejeitos Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, se rompeu – resultando em centenas de desaparecidos na região. Os Bombeiros iniciaram de imediato as buscas pelas vítimas.

Cerca de 200 bombeiros participam das buscas diariamente. Desde o dia da tragédia, mais de mil militares já se envolveram nos trabalhos, incluindo tropas de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Maranhão, além de uma equipe de 136 militares do exército de Israel.

O balanço mais recente foi divulgado pela Defesa Civil de Minas Gerais e aponta 395 pessoas localizadas, 226 ainda desaparecidas e 121 mortas. Segundo já adiantou o Corpo de Bombeiros Militar do estado, não há como prever uma data de encerramento das buscas por vítimas.

Os bombeiros maranhenses estão em seu sétimo dia de atuação no local

No dia 27 de janeiro, o governador do Maranhão, Flávio Dino, anunciou em suas redes sociais o envio de uma equipe do Corpo de Bombeiros do Maranhão para auxiliar nas buscas. Comandada pelo Major Patrício, a equipe formada por sete militares chegou à cidade mineira no dia 28 e iniciou o trabalho árduo de resgate.

Foto: CBMMA/Divulgação

No dia 29, os bombeiros maranhenses, distribuídos em grupos de busca, já haviam auxiliado na retirada de três corpos na chamada “zona quente” do desastre. “Aqui em Brumadinho o ambiente é devastador, temos a sensação de um clima pesado diante de tanta destruição, mas entendemos que tudo isso faz parte da nossa missão. O principal objetivo agora é minimizar a dor das famílias”, se pronunciou Major Patrício.

“A fadiga é grande, a resistência física também, mas a solidariedade é o que faz a gente continuar com o trabalho” — Major Patrício

O trabalho dos militares maranhenses repercutiu após aparecer na cobertura jornalística do MG1 na última quarta-feira (30). No vídeo, uma equipe atua arduamente no resgate e identificação de vítimas na região de lama. Assista ao vídeo aqui.

Foto: GloboPlay

“A gente vê que ele está com um colete na mão, um colete, possivelmente de um funcionário da mineradora, a gente viu que ele chegou a limpar o colete pra ver se conseguia uma identificação, algum nome… É uma pista muito importante neste trabalho de resgate… E ele vai praticamente rastejando nesta lama (…) Esses militares aí são do estado do Maranhão e se esforçam no trabalho. Como a lama ainda está muito molhada, não é difícil de atolar. Os bombeiros não param”, narra o repórter.

A Vale vai pagar?

Ontem (2), a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai cobrar da Vale os custos das operações do resgate. Segundo a AGU, todo o gasto que o governo federal tiver por conta do desastre é passível de cobrança judicial. “Toda a mobilização do Exército, da Defesa Civil, dos ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, isso vai ser computado e vai ser passível de cobrança judicial por parte da União, das autarquias e fundações em relação à empresa Vale”, garantiu a AGU.

A mineradora Vale, responsável pela barragem, instalou nesse sábado (2) a primeira membrana no Rio Paraopeba. Conforme informações divulgadas pela empresa, a barreira foi colocada próximo à captação de água da cidade de Pará de Minas, a cerca de 40 quilômetros de Brumadinho. O sistema de captação de Pará de Minas será protegido por três barreiras de retenção. As outras duas devem ser instaladas até hoje (3).

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