BOA FORMA

Sedentarismo: Como combater a perda de massa magra?

Para evitar a perda de massa magra, o educador físico recomenda a prática de exercícios físicos.

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A perda da musculatura, ou perda de massa magra, faz parte do envelhecimento do corpo e tende a avançar a partir dos 40 anos. No entanto, hábitos ruins como o sedentarismo podem acelerar o processo, chamado de sarcopenia, levando à redução da mobilidade e impactando severamente a qualidade de vida. “Esse é um alerta importante, sobretudo neste momento de isolamento, quando muitas pessoas encontram dificuldade de praticar atividades físicas regularmente”, destaca Luiz Adalberto dos Reis, educador físico da Selfit Academias. Para evitar a perda de massa magra, o educador físico recomenda a prática de exercícios físicos.

Desintoxicação capilar

O uso excessivo de secadores, pranchas, modeladores e tratamentos químicos, como tinturas e progressivas, compromete bastante a saúde dos fios a longo prazo, tornando-os mais quebradiços e opacos. E esses problemas se agravam com o uso contínuo de produtos capilares que contenham substâncias químicas. Por isso, a dermatologista e especialista em couro cabeludo Andrea Frange explica que os produtos orgânicos são ótimas opções para a desintoxicação dos fios. “O cosmético, para ser orgânico, precisa seguir algumas especificações do cosmético natural. De acordo com o Instituto Biodinâmico (IBD) e Ecocert, cosméticos naturais devem ter, no mínimo, 95% de seu conteúdo total composto de matérias-primas naturais, como manteigas e óleos vegetais, lanolina, corantes e pigmentos naturais, óleos essenciais, extratos vegetais, minerais e polímeros naturais. E não devem conter vários outros componentes, como derivados de petróleo, corantes e fragrâncias sintéticas, silicones, além de não poderem ser testados em animais”, diz. A partir disso, o produto pode ser orgânico se, no mínimo, 20% das matérias-primas forem provenientes da agricultura orgânica, ou seja, sem resquícios de pesticidas ou agrotóxicos.

Quatro problemas na língua

Ter uma boca saudável vai muito além de escovar os dentes depois de cada refeição. A língua, por vezes negligenciada, acumula uma grande quantidade de bactérias que podem provocar algumas doenças, caso a higiene bucal não seja bem feita. Para evitar transtornos, o dentista e presidente da rede OdontoCompany Paulo Zahr explica a seguir quais doenças são mais frequentes em consultórios e o que fazer para evitá-las e tratá-las.

» Língua pilosa: ocorre quando existe um acúmulo de ceratina, fungos ou bactérias nas papilas gustativas. O problema pode ser causado por hábitos de higiene incorretos, tabagismo, infecções e reação adversa a alguns medicamentos. O tratamento é feito com recomendações de higiene bucal ou mudança de hábitos.

» Afta: é caracterizada por pequenas lesões arredondadas que causam dor e, muitas vezes, dificultam a alimentação e a fala. Seu aparecimento pode estar relacionado a diversos fatores, como mordidas na língua, estresse, doenças autoimunes ou até mesmo pelo consumo de alimentos cítricos, como abacaxi e limão, e costumam desaparecer de forma espontânea após sete ou 10 dias, sem deixar cicatrizes.

» Sapinho: é uma doença caracterizada pelo surgimento de placas esbranquiçadas na língua e interior da boca, vermelhidão, sensação de ardência e sabor desagradável. Ocorre devido a uma infecção causada por fungos e pode ser tratada com remédios antifúngicos.

» Câncer bucal: é mais grave e pode ser fatal caso não seja diagnosticado precocemente. Ao notar qualquer alteração na aparência e textura da língua, um médico deverá ser procurado.

Pele ressecada: cuidado com infecções

A pele é o maior órgão do corpo humano e é a responsável por sua proteção mais superficial. Diversas situações do ambiente externo e do próprio organismo podem levar a um quadro chamado de xerose, o ressecamento cutâneo. Aspecto opaco e esbranquiçado, descamação e coceira são os principais sintomas da pele seca. Os fatores que influenciam no ressecamento da pele incluem tempo frio ou pouca umidade no ar, poluição, exposição ao sol sem o uso de protetores solares, excesso de contato com a água e banhos quentes, cuidados diários inadequados, desidratação, doenças preexistentes, principalmente de origem hormonal, menopausa e até mesmo o processo de envelhecimento cutâneo. A dermatologista e assessora médica da FQM Melora Thais Matsuda explica que a pele seca é mais vulnerável aos agentes externos, como ácaros, fungos, vírus e bactérias. Então, quando o sistema imunológico identifica algum tipo de invasão desses micro-organismos, ele entra em ação e isso se manifesta sob forma de prurido, a coceira. E, se não houver um estímulo à regeneração da pele que foi agredida pela coçadura, podem surgir lesões, conhecidas como eczema asteatósico, e até infecções bacterianas secundárias.

Alerta para câncer de cabeça e pescoço

Tumores de cabeça e pescoço, essa é uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palatos mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide e seios paranasais. “A maioria desses tumores estão relacionados diretamente com o uso do tabaco e do álcool”, alerta Ramon Andrade de Mello, médico oncologista e professor da disciplina de oncologia clínica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal). O consumo de cigarro e álcool aumenta em 10 vezes a chance de desenvolver o câncer de laringe. Por isso, há o alerta para se evitar o consumo de tais produtos. Entre os sintomas provocados por esse tipo de tumor, o paciente pode apresentar dor de garganta, rouquidão ou alteração da qualidade da voz. A infecção pelo papilomavírus (HPV) tem sido outro motivo importante para o desenvolvimento do câncer de faringe. “A prática do sexo oral desprotegido tem sido um dos fatores de propagação do HPV, inclusive na população mais jovem. Por isso, a vacina para esse público pode ajudar na prevenção”, alerta o oncologista.

Obesidade compromete a saúde

Cerca de 55,7% da população vive acima do peso no Brasil, de acordo com dados divulgados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Pesquisa realizada em 2018 aponta que esse crescimento se deve, principalmente, a aspectos nutricionais, metabólicos e/ou psicológicos. O excesso de peso, seja ele considerado obesidade ou não, pode acarretar doenças ainda mais graves, como hipertensão e diabetes.

De acordo com o Ministério da Saúde, a obesidade, decorrente do acúmulo de gordura no organismo, pode ser compreendida como um agravo de caráter multifatorial relacionado a questões biológicas, históricas, ecológicas, econômicas, culturais e políticas. Além disso, é uma doença caracterizada como um dos principais fatores para o surgimento de outras enfermidades crônicas não transmissíveis, como patologias cardiovasculares.

O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Minas Gerais (Sbem-MG), Adauto Versiani, afirma que o aumento da obesidade se dá, principalmente, pelo consumo de alimentos ricos em gordura e sedentarismo. “Hoje, vivemos em um mundo em que o tempo é muito escasso e a alimentação é feita em pequenos intervalos com comidas pré-fabricadas, ricas em gordura, como fast-foods, e sem tempo para o lazer. Cada vez mais, a sociedade está direcionando a válvula de escape para a comida e não para a atividade física, ingerindo mais caloria e gastando menos”, completa.

Esse é o caso da analista comercial Marina Danielle de Souza, de 35 anos, que viu sua vida ser limitada pelo excesso de peso. “Há dois anos e meio, eu estava sedentária e engordando, não conseguia nem subir as escadas direito, devido à falta de ar”, conta.

A psiquiatra Jaqueline Bifano ressalta que aspectos psicológicos também podem influenciar de forma direta no aumento de peso, visto que sentimentos de inadequação, baixa tolerância a frustrações, comportamentos altruístas, pensamentos ruminantes, de menor valia e incapacidade, bem como a ingestão de ordem emocional podem ser associados a esse excesso. “O estado emocional de uma pessoa pode estar relacionado ao apetite e ao comportamento na hora das refeições, interferindo nas preferências no momento da alimentação”, explica.

Jaqueline destaca, ainda, que determinadas emoções, como a tristeza, podem aumentar o apetite e, consequentemente, a ingestão de calorias. Foi o que ocorreu com a administradora Daiane Fernandes Schmitt, de 36, que com a depressão relacionada à mudança na rotina de trabalho vivenciou um quadro de obesidade capaz de interferir ainda mais em seu emocional. “Não me sentia bonita, me boicotava, deixava de ir a festas, palestras, lugares e eventos. Não falava alto em uma reunião profissional pelo simples fato de não querer contato visual com alguém. Esqueci de minhas habilidades e capacidades, deixei de acreditar em mim”, relata.

Além disso, de acordo com o nutricionista Guilherme Mattos, o alto consumo de alimentos calóricos, bem como qualquer tipo de alimentação, influencia em todos os aspectos do corpo. No entanto, o especialista salienta que o estado de saúde global da pessoa é fator decisivo para o desenvolvimento e manutenção da obesidade. “Aquilo que a pessoa come pode favorecer um corpo inflamado, um intestino com baixo poder de absorção de nutrientes, pode determinar se a pessoa terá mais ou menos energia disponível para os seus afazeres diários, pode deixá-la mais alegre ou mais deprimida, tudo isso influenciará para que ela engorde ou emagreça.”

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