Conheça como funciona a dieta Low Carb
Investir em um cardápio low carb para emagrecer está cada vez mais em evidência e atrai seguidores de diferentes idades e estilos de vida.
Em algum momento você já deve ter se deparado com alguém que obteve bons resultados através da alimentação correta e atividades físicas, com a dieta low carb não é diferente. Mesmo que ela seja aplicada desde o Século XIX para auxiliar no tratamento de condições de obesidade, recentemente o método auxiliar de emagrecimento voltou a chamar a atenção da mídia.
Consiste na redução da ingestão de carboidratos, sendo baseada em uma alimentação que te entrega cerca de 40% desse macronutriente ou menos das calorias diárias que normalmente se recebe aumentando proporcionalmente a oferta de gorduras e proteínas.
Como funciona?
A eficiência dessa dieta faz com que o metabolismo passe a funcionar melhor com o aumento da ingestão de proteínas e da gordura boa na alimentação. Além disso, está diretamente ligada à minimização de outras questões do organismo, como a redução de processos inflamatórios, combate a retenção de líquidos e melhor desenvolvimento da evacuação diária.
A nutricionista clínica, funcional e fitoterápica, Sabrina Carvalho explica que a indicação também inclui a melhora no perfil lipídico (colesterol, triglicerídeos e aumento do HDL), controle de glicemia. Além de ser indicada para o tratamento de doenças, “É indicada para pessoas que procuram a redução de massa gorda, síndrome metabólica, ovário policísticos, epilepsias, dislipidemia e resistência insulínica”, explica.
Mas o que se come, você deve se perguntar? A prioridade é em alimentos ricos em proteínas e os carboidratos devem ser integrais. A redução ou eliminação de alimentos industrializados, processados, refinados, refrigerantes também está inclusa na nova rotina alimentar. Como são despidos de fibras e outros nutrientes, a digestão deles é mais fácil, e a glicose é liberada rapidamente na corrente sanguínea.
Em uma alimentação balanceada, geralmente, entre 50 e 60% das calorias diárias advém dos carboidratos, enquanto na dieta low carb, esse número pode ser reduzido em 20% ou mais. A regra é priorizar o macronutriente em forma de integrais, e reduzir alimentos como como o arroz branco, massas brancas, pão branco, farinha de trigo refinada, alimentos ricos em açúcar, e alimentos industrializados.
Vale investir nas frutas, dando prioridade a versões com casca e evitar sucos, que não possui as mesmas fibras do alimento original. Raízes e tubérculos como batata doce, abóbora, inhame e cará, devido à liberação de glicose ocorrer de forma progressiva na corrente sanguínea.
Como toda alimentação equilibrada, legumes e verduras podem ser consumidos à vontade, a exemplo de brócolis, tomate, cebola, chuchu, aspargo, berinjela, entre outros. As fontes de gordura devem vir, especialmente, das oleaginosas (castanhas, amêndoas, azeite de oliva, peixes).
Queijos são permitidos na prática da dieta low carb, desde que não sejam os brancos, que são caracterizados por terem mais lactose, o açúcar do leite. Já os ovos estão liberados, de todos os tipos.
Principais benefícios
A profissional de relações públicas, Luany Pestana é adepta há dois meses do programa de dieta low carb, uma sugestão da nutricionista para acelerar o processo de perda de peso. Além disso, a paciente explica que tem uma rotina de exercícios aliada à dieta com restrição de carboidratos e aumento de proteína e gordura vegetal para ganhos mais acelerados.
Ela explica como tem sido sua vida após a inclusão da nova reeducação alimentar. “Notei diferença logo nas primeiras semanas. As minhas roupas começaram a folgar, meu rosto afinou e houve uma redução significativa nas minhas medidas. Ao todo, já perdi 5kg desde que iniciei o protocolo”, afirma.
Além disso, a nutricionista Sabrina Carvalho também explica que esta é uma dieta não sugerida para esportistas, “por ser uma modalidade de dieta com restrição de carboidrato, atletas que praticam atividades intensas podem prejudicar o seu desempenho por reduzir o estoque de glicogênio muscular causando fadiga e indisposição”, conta.
Apoio profissional
A nutricionista Sabrina Carvalho afirma que este procedimento deve ser acompanhado pelo profissional nutricionista. “O plano alimentar é individualizado visto que o cálculo da quantidade de carboidratos e dos demais micronutrientes e específico para cada pessoa”, conta.
Devido a isso, é necessário procurar um profissional endocrinologista ou nutricionista que indicará os procedimentos necessários para dar início à nova fase, uma avaliação junto ao paciente também é incluída nesse processo. O objetivo do mesmo é mostrar ao paciente os benefícios e malefícios sempre destacando a importância do acompanhamento direto com os profissionais recomendados.
Mesmo que seja aumentada a quantidade de ingestão de gordura, é necessário manter-se alerta, principalmente em casos de pessoas que já tenham níveis de triglicérides ou colesterol alto. Os diabéticos também devem estar atentos, mesmo que sejam beneficiados em relação ao controle da taxa de glicose. Para não serem gerados prejuízos, precisam ser acompanhados por um médico especialista para ajustes de medicação e insulina, se necessário.
Dieta e atividades físicas
A profissional da saúde também explica Independente de qualquer modalidade de dieta que o paciente esteja seguindo é de fundamental importância a associação do plano alimentar com a atividade física.
Para o educador físico Rayson Pereira um treino personalizado ajuda contribui na evolução da dieta. “Um treino intenso de aeróbico, já que a dieta Low Carb é voltada para perda de peso rápido a curto prazo”, explica.
O profissional ainda reforça que é essencial que procurem um profissional para orientá-lo se a dieta é adequada ao seu objetivo. “O correto é iniciar com um protocolo adaptativo até o corpo responder a uma dieta totalmente Low Carb”, afirma.