ALERTA

Consumidor: atenção às comidinhas de rua

Especialista alerta para cuidados com o armazenamento, exposição e feitura dos alimentos que são consumidos nas ruas.

A população deve ficar atenta aos lanches e alimentos feitos na rua. (Foto: Reprodução)

Grande parte da população maranhense faz suas refeições na rua. O corre do dia a dia, a falta de tempo para fazer uma refeição em casa, ou até mesmo a facilidade de se alimentar fora de casa, quando se tem dinheiro, são alguns dos fatores que contribuem para que muita gente se alimente na rua mesmo, em lanchonetes, restaurantes, ou até mesmo naquela banquinha da esquina.

Em parques, praças ou no centro da cidade, lá está o cheiro das comidas exalando no ambiente. Difícil mesmo é resistir a tanta delícia. Hambúrgueres, batatas fritas, churros, cachorro-quente, pastel, pipoca, salgados, churrasquinhos…

A comerciária Fernanda Maria Santos, é uma dessas pessoas. Trabalhando em tempo integral, com apenas 1 hora para o almoço, ela diz que o trabalho é longe de casa e que é mais prático “comer na rua”. “Eu iria perder muito tempo, e ainda gastar dinheiro com ônibus se tivesse que ir em casa. Às vezes eu trago minha quentinha de casa, mas frequentemente eu como por aqui mesmo”, disse ela, referindo-se ao bairro São Francisco, onde trabalha.

Assim como Fernanda, milhares estão na mesma situação, porém com diferentes status econômicos. Enquanto uns por questão financeira procuram um lanche ou refeição mais barato, outros tem condições de ir para restaurantes.

Mas o fato, é que para as duas questões, todos precisam ter atenção quanto às comidas de rua que nos enchem a boca d’água, mas que precisamos ficar atentos para a possibilidade de contaminação caso esses alimentos não estejam armazenados de forma adequada.

Sabia que, se armazenados de forma irregular, esses alimentos podem causar prejuízos à saúde? A outra comerciária Daniela Pereira, confessa que não presta atenção a essas coisas. “Olha, eu não ligo muito não. Sempre compro em um trailer  aqui perto. Vejo eles fazendo, e tá tudo certo. Não presto muito atenção não”, disse.

A nutricionista e professora do curso de Nutrição do Centro Universitário Estácio São Luís, Monique Nogueira, orienta para os fatores que devem ser observados ao comer fora de casa. Eles são determinantes para evitar problemas digestivos e até infecções intestinais, por microorganismos como a salmonela, por exemplo.

“Lembre-se sempre de verificar o local onde está sendo oferecido o alimento, se está limpo ou não, a procedência e a qualidade dos alimentos, a maneira de armazenamento e, evite ao máximo o consumo de maionese,” alerta.

Observe se quem preparou a comida está usando avental, touca e luva. A proteção evita o contato direto da pele do funcionário com o alimento e pode assim, prevenir a contaminação por microorganismos. O mesmo vale para o contato com o dinheiro. “A pessoa que lida com o alimento não pode ser a mesma pessoa que cuida do dinheiro”, orienta a nutricionista.

No caso de pastéis, coxinhas, churros e batatas fritas, o aspecto da gordura na frigideira é fator crucial para a qualidade do produto. Se o óleo estiver escuro e com aspecto de velho, é melhor evitar. “Nessas condições, a gordura pode liberar toxinas no alimento”, explica a nutricionista.

No caso de self-services e alimentos expostos, é preciso atentar para as condições de armazenamento. Os produtos precisam estar protegidos e, se possível, cobertos. “A temperatura ambiente é a ideal para o crescimento bacteriano”, alerta a professora.

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