JUSTIÇA E SEGURANÇA

Sérgio Moro aceita ser Ministro da Justiça do governo Bolsonaro

Sérgio Moro, juiz da lava-jato, aceita convite para ser Ministro da Justiça e Segurança. Segundo o presidente eleito, o juiz vai comandar um superministério

Reprodução

O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, aceitou o desafio de comandar um superministério. O convite do presidente eleito foi curioso. Aconteceu em rede nacional, na TV Globo, através de uma entrevista concedida ao Jornal Nacional.

“Pretendo convidá-lo para o Ministério da Justiça ou – seria no futuro – abrindo uma vaga no Supremo Tribunal Federal, na qual melhor ele achasse que poderia trabalhar para o Brasil”, afirmou Jair Messias Bolsonaro (PSL) na última segunda-feira.

O convite foi aceito. Sérgio Moro desembarcou no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, conversou com Bolsonaro e será mesmo o superministro da Justiça e Segurança. A ida de Moro para o Governo Federal foi melhor para o juiz ou o futuro presidente?

O tempo há de responder esta questão, mas a primeiro momento ganha ponto, Bolsonaro. O presidente eleito, durante os últimos quatro anos defendeu a bandeira anticorrupção e fortaleceu a campanha antiPT para pavimentar sua ida ao Palácio do Planalto.

Depois de eleito, nada mais simbólico que Sérgio Moro, o juiz responsável pela operação Lava Jato, para ser a representatividade desta bandeira em seu governo. Em alta com a opinião pública, os primeiros meses de Sérgio Moro não devem ser de rejeição.

Poder concentrado

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), comentou em entrevista a atuação do futuro ministro. “Ele vai indicar todos que virão a compor o primeiro escalão do Ministério da Justiça, entre eles o chefe da Polícia Federal, porque a PF voltaria para dentro do Ministério da Justiça. Deixaria de existir a palavra Ministério da Segurança, e passaria a ser Ministério da Justiça e Segurança”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro confirma, assim, a ideia de que o Ministério da Justiça passará a abrigar outros órgãos, incluindo a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

“Será um superministério da Justiça. Teremos uma parte do Coaf dentro do Ministério da Justiça, para que ele (Moro) tenha em tempo real todas as informações para que ele possa combater efetivamente mais do que a corrupção, mas o crime organizado, que tem levado o terror a todo o Brasil”, disse Bolsonaro. –

No Maranhão

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tem se posicionado na trincheira de oposição ao futuro governo Bolsonaro. Na página de seu microblog, no Twitter, Dino comentou a decisão de Sérgio Moro de compor a equipe de governo de Bolsonaro. “Sérgio Moro aceitar o ministério de Bolsonaro é um ato de coerência. Eles estavam militando no mesmo projeto político: o da extrema-direita. O grave problema é esconder interesses eleitorais por baixo da toga. Não há caso similar no Direito no mundo inteiro”, disse Dino em tweet.

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