DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Mulheres negras são as mais afetadas pela falta de saneamento básico

De cada 4 mulheres que sairiam da pobreza apenas com a universalização dos serviços de água e esgoto, 3 são negras

Favela da Portelinha, em São Luís. (Foto: Divulgação/Intermidia Comunicação)

No Brasil, 100 milhões de Brasileiros não contam com serviços de água e esgoto e 35 milhões não tem água encanada. As informações são do estudo “O Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira”, realizado pela BRK Ambiental e pelo Instituto Trata Brasil, que investigou os efeitos da falta de saneamento no público feminino com base nos números do IBGE.

As mulheres negras são as mais atingidas pela dificuldade de acesso à água. Elas somam quase 68% do total de 12 milhões de mulheres que sofrem do problema.

Os déficits mais elevados de acesso a esgoto também estão entre as mulheres que se declaram “pardas, indígenas e pretas”. Nesses grupos, as taxas de incidência de escoamento sanitário inadequado foram de 24,3%, 33,0% e 40,9% das populações femininas, respectivamente.

A falta de saneamento básico está relacionada aos altos índices de diarréia e vômito, e os problemas de saúde decorrentes da ausência de água e esgoto afetam esses grupos com mais intensidade. Nessas mulheres, a pesquisa registrou 80,2 casos por mil mulheres. A média entre o total de mulheres no Brasil é de é de 76 casos a cada mil.

O estudo aponta ainda que as mulheres negras seriam as mais beneficiadas pela universalização dos serviços de água e esgoto para a população brasileira, pois representam 75% das mulheres que sairiam imediatamente da pobreza pelo acesso a saneamento básico, que é um direito essencial para o desenvolvimento socioambiental e econômico plano e teoricamente está garantido pela constituição de 1988.

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