ELEIÇÕES 2018

OPINIÃO: “O mun­do es­tá per­ple­xo com es­se Bra­sil de 2018”

O sen­ti­men­to de ódio que per­meia a al­ma dos bra­si­lei­ros es­tá ame­a­çan­do der­ro­tar até as con­quis­tas so­ci­ais e po­lí­ti­cas tra­zi­das pe­la Cons­ti­tui­ção de 1988.

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As elei­ções do dia 7 dei­xa­ram mui­to mais per­ple­xi­da­des a se­rem re­pen­sa­das pe­los bra­si­lei­ros do que a es­pe­ran­ça por um Bra­sil de­mo­crá­ti­co e ven­ce­dor da cri­se sis­tê­mi­ca. O sen­ti­men­to de ódio que per­meia a al­ma dos bra­si­lei­ros es­tá ame­a­çan­do der­ro­tar até as con­quis­tas so­ci­ais e po­lí­ti­cas tra­zi­das pe­la Cons­ti­tui­ção de 1988. Nes­se con­tex­to, as ur­nas man­da­ram pa­ra ca­sa qua­dros do le­gis­la­ti­vo da es­quer­da co­mo Edu­ar­do Suplicy, Lind­bergh Fa­ri­as, Chi­co Alen­car, Dil­ma Rous­seff, en­quan­to a di­rei­ta avan­çou com as sub­ce­le­bri­da­des das ma­ni­fes­ta­ções de 2015 con­tra o go­ver­no do PT, ti­po Ale­xan­dre Fro­ta, Kim Ka­ta­gu­ri, Ja­nai­na Pas­co­al e uma ban­ca­da imen­sa no em­pu­xo da La­va-Ja­to.

No Ma­ra­nhão, deu-se exa­ta­men­te o con­trá­rio. O ódio que des­truiu re­pu­ta­ções nas re­des so­ci­ais, no en­tan­to, mu­dou pro­fun­da­men­te os fa­tos his­tó­ri­cos. Re­mar­cou uma no­va his­tó­ria, aca­ban­do o gru­po Sarney e fa­zen­do con­so­li­dar a li­de­ran­ça de Flá­vio Di­no. Ele im­plo­diu o que pa­re­cia ser um mo­nu­men­to ir­re­mo­ví­vel, con­tro­la­do pe­las mi­li­o­ná­ri­as fa­mí­li­as Sarney-Lo­bão-Mu­rad. Re­e­lei­to no pri­mei­ro tur­no com fol­ga, além dos dois se­na­do­res e a mai­o­ria es­ma­ga­do­ra das ban­ca­das fe­de­ral e es­ta­du­al, Di­no co­lo­ca sua li­de­ran­ça num pa­ta­mar que ul­tra­pas­sar as di­vi­sas do Ma­ra­nhão e re­pre­sen­ta a es­quer­da bra­si­lei­ra.

O se­gun­do tur­no vai con­so­li­dar um no­vo mo­de­lo de Bra­sil, cu­jo de­se­nho es­tá por ser fei­to. A de­sar­ru­ma­ção mar­cou, so­bre­tu­do, as con­tra­di­ções po­lí­ti­cas em to­das as re­giões, até o que ain­da fal­ta ser de­fi­ni­do pe­lo ga­nha­dor en­tre Bol­so­na­ro e Had­dad. Por is­so, o mun­do es­tá per­ple­xo com es­se Bra­sil de 2018. Nin­guém po­de ig­no­rar, nes­se con­tex­to, nú­me­ro de po­li­ci­ais e mi­li­ta­res elei­tos pa­ra as as­sem­blei­as, Câ­ma­ra dos De­pu­ta­dos e Se­na­do. Eles as­sus­tam: eram 18 e ago­ra, 73, mui­tos de­les do PSL do ca­pi­tão Bol­so­na­ro. Ao mes­mo tem­po, o PT ele­geu a mai­or ban­ca­da na Câ­ma­ra, com 57 de­pu­ta­dos. É o Bra­sil gui­a­do  pe­lo dis­cur­so mo­ra­lis­ta, far­da­do de ver­de-oli­va, sob o co­man­do das to­gas do Ju­di­ciá­rio.

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