ELEIÇÕES 2018

O que foi dito na Sabatina com Candidatos LGBT do Maranhão

A reunião aconteceu ontem, no Cine Praia Grande, e contou com seis candidatos da comunidade, além de mediado por uma jornalista transgênero. Confira os principais posicionamentos

Da esquerda para a direita: Josy Gomes, Ronaldo Serra, Jefferson Taylor, Lohanna Pausini, Jojo Campos, Pâmela Maranhão e Kepler. (Foto: Ernesto Soares Jr.)

Aconteceu, na última quarta-feira, 19, no Cine Praia Grande, a Sabatina com Candidatos da Comunidade LGBT  – formada inteiramente por candidatos homossexuais, bissexuais e transgêneros – que concorrem a diversos cargos de poder do estado do Maranhão nas eleições de 2018.

O evento contou com Josy Gomes (PCdoB), Ronaldo Serra (PODEMOS), Kepler (Suplente do candidato Saulo Pinto ao senado, do PSOL), Jefferson Taylor (Rede Sustentabilidade), Jojo Campos e Pâmela Maranhão (ambos do PT), e foi mediado por Lohanna Pausini, jornalista transgênero.

Por ser um público diversificado em suas condições, as pautas levantadas também foram distintas. Josy Campos, por exemplo, é uma mulher negra bissexual e tocou no assunto bifobia, afirmando que pessoas que sentem atração por ambos os gêneros ainda sofrem invisibilidade na sociedade.

“Nós somos boicotados por integrantes dos nossos próprios partidos”, denuncia a travesti candidata a deputada estadual Pâmela Maranhão, ao falar do preconceito velado em pessoas que não fazem parte da comunidade, independente da ideologia progressista de seus núcleos.

Questionado sobre como pretende combater o bullying praticado nas escolas contra crianças homossexuais, Jojo Campos, concorrendo ao cargo de deputado federal, corrige o equívoco cometido por grande parte da população acerca da nomenclatura do que ficou conhecido como “kit gay”: “é um material que visa combater a violência de gênero e a homofobia”, declara. “É algo que tem que ser discutido desde cedo, nas escolas.

Representatividade LGBT nas candidaturas do estado. (Foto: Ernesto Soares Jr.)

Sobre alianças de Dilma Rousseff com partidos conservadores, que fez com que ela vetasse importantes projetos em defesa dos direitos dessas minorias, Jojo se posiciona, com firmeza: “não apoio e não faria. Inclusive, teria sido derrubado bem antes que ela foi.”

Na corrida à deputado estadual, Jefferson Taylor afirma que nunca houve política, de fato, a favor da comunidade LGBT no Maranhão; e defendeu que uma de suas propostas é solicitar às universidades públicas a realização de pesquisas direcionadas a esse público. Segundo ele, “se não existem políticas para nós no estado, é porque não há dados”.

Visto que as eleições têm caráter competitivo, principalmente quando mais de um representante de minorias disputa o mesmo cargo, Ronaldo Serra, candidato a deputado federal, ratificou que, apesar de concorrentes, os candidatos LGBT não se consideram inimigos. Esperançoso, afirma: “afinal das contas, estamos na mesma luta”.

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