ELEIÇÕES 2018

Conheça os enigmas da pré-campanha eleitoral nos governos e senados

No Maranhão e no Brasil, existem enigmas sobre as candidaturas a governador, senador e presidente

Os senadores fazem parte da chamada Câmara Alta e atuam como fiscalizadores do Poder Executivo. (Foto: Reprodução)

Hoje é uma data significativa. Marca os 100 dias que separam este sábado, do domingo, 7 de outubro, em que os brasileiros vão fazer história. Será eleito o presidente da República, todos os 27 governadores, 81 senadores, 513 deputados federais, e um exército de 1.059 deputados estaduais, junto a uma penca de vices e suplentes. No Maranhão e no Brasil, existem enigmas sobre as candidaturas a governador, senador e presidente.

O primeiro enigma é a “candidatura” de Eduardo Braide, PMN, partido que ficou com uma quantia insignificante da verba do Fundo de Financiamento de Campanha. O segundo, a ausência do ex-presidente José Sarney na campanha da filha Roseana. Ao contrário de 1998, quando ele, sozinho, se obrigou a percorrer várias cidades, batendo de porta em porta, pedindo voto, temendo ver a filha derrotada, agora, Sarney nem aparece. O terceiro enigma é a candidatura de José Reinaldo ao Senado. Até hoje ele não se apegou ao senador Roberto Rocha, que concorre ao governo, pelo PSDB, seguido por Waldir Maranhão e Alexandre Almeida, concorrentes ao Senado.

Mas o maior de todos os enigmas das eleições de outubro é o produzido pela Lava-Jato, que é a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo encarcerado há 100 dias, ele continua liderando, com ampla margem as pesquisas, enquanto o PT teima em indicá-lo, assim mesmo, candidato ao Planalto, sabendo que é uma expectativa tão improvável quanto eleger Manuela D’Ávila a segunda presidente do Brasil. Ou ainda, Michel Temer suceder a si próprio a partir de janeiro. Vale a pena observar a visão atarantada da nata do empresariado brasileiro sobre o processo eleitoral de 2018.

Ao ser homenageado em maio com o Diploma Ordem dos Timbiras, pelo governador Flávio Dino, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, disse que seria capaz de transferir o título de Minas para o Maranhão só para votar em Flávio Dino. E rasgou elogios: “O Brasil precisa de mais homens como Flávio Dino na vida pública, com uma administração séria, competente, correta, voltada para o desenvolvimento social, para as pessoas”.

Anteontem, em São Paulo, em encontro da mesma CNI com os candidatos presidenciáveis, o pedetista Ciro Gomes foi vaiado pela elite do empresariado, e o direitista Jair Bolsonaro, aplaudido de pé, inclusive por Robson de Andrade. Voada no tempo Flávio Dino quase foi escorraçado, em 2015, de Lago da Pedra, por uma Maura Jorge como prefeita local, agora, ele, estupefato, viu ela se voltar contra a oligarquia Sarney. A política é a arte de fazer zigue-zague sem sair da linha. Essas escaramuças apenas antecipam o aquecimento do jogo eleitoral.

Ontem e hoje A defesa do ex-presidente Lula fez um levantamento dos candidatos que concorreram com o registro indeferido pela Justiça Eleitoral em 2016. De 145 eleitos em 2016, 70% conseguiram reverter da decisão depois do pleito, foram diplomados e tomaram posse. É o argumento para propor a candidatura do petista, mesmo sub judice. Pensar no amanhã de três anos para cá, o Brasil quebrou.

O Maranhão, por sua vez, já no segundo semestre de 2018, vem segurando o tranco financeiro, com investimentos em todo o estado e o pagamento em dia de obrigações e funcionários. Segundo alguns economistas, a quebradeira do Brasil tem potencial para ir até 2012. Será que o Maranhão vai conseguir sobreviver a esse vendaval caso o governo caia em mãos incapazes para superar os problemas estruturais e sociais? Esse é um ponto importante que o eleitor terá de refletir antes de se dirigir à urna no dia 7 de outubro. A situação é tão grave que não há espaço para aventura.

Rombão – A partir de janeiro de 2019, portanto, daqui a apenas seis meses, o próximo presidente da República, seja quem for – de esquerda, de direita ou do centrão – vai encontrar o cofre do Tesouro esvaziado, diante da babilônica conta do cheque especial. O rombo negativado é de R$ 139 bilhões, no famoso déficit fiscal. Dá para fazer o Brasil crescer?

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