SARNEY FILHO

“Minha candidatura não depende do meu sobrenome”, diz Sarney Filho

Em entrevista ao jornal O Imparcial, representante do Grupo Sarney na disputa para Câmara Alta fala sobre escolha de seu grupo em torno de seu nome que, segundo ele, trata-se de uma “renovação”

Sarney Filho disse ainda que irá propor ao ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que leve a metodologia do Cultivando Água Boa para outras hidrelétricas brasileiras.

Foto: Reprodução

“Minha candidatura não depende de sobrenome”. A afirmação é do ministro do Meio Ambiente e pré-candidato ao Senado, Sarney Filho (PV). Em entrevista ao jornal O Imparcial, o representante do Grupo Sarney na disputa por um lugar na Câmara Alta fala sobre a escolha de seu grupo em torno de seu nome que, segundo ele, trata-se de uma “renovação”.

“O eleitor tem em mim o que ele procura na maioria daqueles que estão iniciando a carreira política, uma renovação, porque sou um parlamentar que embora tenha muitos mandatos, as minhas ideias são contemporâneas”, afirmou.

Em 2018, a chapa majoritária do Grupo Sarney já está definida. Para o Senado, além de Sarney Filho, o grupo contará com a experiência do senador Edison Lobão (MDB), que buscará o quinto mandato para a Câmara Alta. Para o governo, o nome escolhido foi o da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

O Imparcial – O senhor é consenso em seu grupo político? Por quê?

Sarney Filho – Eu tenho uma história no Maranhão. Exerço meu décimo mandato eletivo: essa caminhada começou como deputado estadual, depois secretário de Estado e Ministro do Meio Ambiente por duas vezes. Acho que o reconhecimento dessa minha história política e o fato de eu ser um deputado que foi considerado pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) um dos Cem Cabeças do Congresso Nacional, e  incluído entre os 17 parlamentares que fazem a pauta do Congresso, fez com que houvesse um reconhecimento, não somente por parte do meu grupo político, mas da classe política maranhense, de que eu estaria preparado para disputar uma vaga no Senado. Tenho muitos amigos, as manifestações que tenho recebido de diversos segmentos me animam a ser candidato pelo meu grupo. Acredito que o grupo político ao qual pertenço tem consciência de que essa é a hora de colocar um político experiente, com trânsito livre em todas as áreas. Acredito que a minha candidatura está bem consolidada. Vejo tudo como um desafio, mas, ao mesmo tempo, como uma oportunidade de ajudar cada vez mais o nosso estado a diminuir as suas dificuldades e a promover a sua gente.

O Imparcial – Quais as diferenças desta eleição para o Senado em relação aos pleitos anteriores que o senhor participou?

Sarney Filho –Bem, essa eleição para o Senado é uma eleição majoritária e as outras eleições que participei eram proporcionais, só aí existe uma diferença básica. São duas vagas, então eu acho que é uma eleição bem diferente. Acredito que as pessoas vão escolher aqueles candidatos que têm condições de prestar melhores serviços ao Brasil e que têm uma história de contribuição à nossa democracia, aos nossos valores.

O Imparcial – Serão duas vagas em disputa para o Senado. Independentemente de quem seja o outro candidato de seu grupo na briga pelo Senado, há interesse na famosa dobradinha ou a sua campanha tem força suficiente? Por quê?

Sarney Filho –Eu tenho grande interesse, sim, em fazer uma dobradinha com o Senador [Edison] Lobão, mas é evidente que, numa eleição majoritária onde existem duas vagas, irão ter sempre pessoas que vão votar em você e em candidatos que pertencem a outros agrupamentos políticos. Isso é natural e eu não rejeito e acolho com muita satisfação aquelas pessoas dos outros segmentos políticos que desejam votar em mim para o Senado. É lógico que eu gostaria que se votasse na chapa completa, mas eu não vou fazer disso uma exigência definitiva, até porque seria uma incoerência de minha parte. Eu circulo bem em todos os grupos políticos do nosso estado e do nosso país. No Ministério do Meio Ambiente, procuro atuar acima de interesses partidários e ideológicos. O nosso primeiro interesse é o interesse no Maranhão, é o interesse de melhorar a vida do maranhense, de promover o estado do Maranhão. E dentro dessa perspectiva é lógico que eu acolho com muito agrado qualquer voto em minha pessoa, embora ressalte, mais uma vez, o desejo que o voto seja na chapa completa. Não tenho dúvida de que a Roseana governadora fará um governo muito melhor do que o atual governo.

O Imparcial – Por que o eleitor deve acreditar em sua campanha? O que o senhor pode acrescentar para o Maranhão?

Sarney Filho –O eleitor tem em mim o que ele procura na maioria daqueles que estão iniciando a carreira política, uma renovação, porque sou um parlamentar que embora tenha muitos mandatos, as minhas ideias são contemporâneas. Eu defendo um Maranhão em que se tenha um projeto de desenvolvimento voltado para as nossas vocações naturais com o uso das novas tecnologias. Pretendo consolidar a internet de graça para toda a população e usá-la como uma alavanca de participação e inovação tecnológica, seja no campo, para a agropecuária, seja na indústria e no comércio. As pessoas sabem da minha vida política, sabem que eu tenho uma vida limpa, uma vida que pode ser averiguada, como já foi, sobre todos os aspectos. Tenho absoluta certeza de que essa é uma garantia de que eu, depois de tantos mandatos, não vou mudar minha maneira de ser e vou usar toda essa experiência, todo esse prestígio que adquiri ao longo desse tempo para, como já disse, ajudar o Maranhão. Tenho certeza de que o Maranhão precisa de um novo rumo, um rumo voltado para um desenvolvimento socioambiental.

O Imparcial – O cenário atual coloca muitos políticos importantes na disputa pelo Senado. Por que o senhor acha que o eleitor vai preferir votar em você ao invés de votar no seu adversário?

Sarney Filho –Bem, eu espero que o eleitor vote em mim depois de fazer uma análise criteriosa da minha candidatura, da minha pessoa e dos meus concorrentes. Tenho certeza de que se isso for feito eu terei a preferência desse voto com muita alegria e muita responsabilidade.

O Imparcial – O líder do seu grupo é o ex-presidente da República José Sarney, que segue com força política. O senhor acha que sua campanha terá algum tipo de influência positiva ou negativa devido ao apoio dele?

Sarney Filho –O apoio dele é muito importante, não só como pai, como uma pessoa experiente que vai poder me ajudar no Senado, já que ele foi presidente do Senado por quatro vezes, conhece os caminhos dos corredores do Senado como ninguém e isso é importante, mas também pelo prestígio que ele tem. Portanto, eu quero dizer que a minha candidatura não depende de sobrenome, ela é hoje uma candidatura vigorosa e que tem o apoio de numerosas lideranças de todo o interior do Maranhão, de vereadores da capital, de todos os municípios, onde eu tenho obras e muitas emendas orçamentárias dadas.

Esclarecimento

Na semana passada, o jornal O Imparcial abordou os escolhidos para disputar a eleição para o Senado pelos dois principais grupos políticos do estado: Grupo Dino e Grupo Sarney. Pelo cenário atual, a reportagem buscou fazer um comparativo entre dois dos pré-candidatos já definidos ao Senado que nunca disputaram tal cargo antes: o deputado federal Weverton Rocha (PDT) e o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV).

Por conta disso, o jornal O Imparcial se propôs a fazer uma minientrevista com os pré-candidatos já escolhidos para que o eleitor começasse a conhecer algumas de suas opções em outubro. A reportagem entrou em contato com as assessorias dos dois políticos e enviou exatamente seis perguntas. Os questionamentos foram rigorosamente iguais.

Dos dois pré-candidatos, apenas Weverton Rocha respondeu as perguntas em tempo hábil e, por isso, apenas a entrevista do pedetista foi publicada na edição do último domingo (25). No dia seguinte, o ministro Sarney Filho ligou para a reportagem esclarecendo a falha de comunicação entre ele e sua assessoria, e se propôs a responder o questionário e assim o fez. Como forma de mantermos a idoneidade do jornal O Imparcial, publicamos hoje a minientrevista concedida pelo pré-candidato Sarney Filho.

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