Política

PGR arquiva inquérito contra deputado Waldir Maranhão

PGR disse não ter “provas suficientes” para a denúncia de organização criminosa

Reprodução

O deputado federal Waldir Maranhão (Avante) tem motivos para afirmar que a semana está sendo muito boa para ele. Após acompanhar bem de pertinho o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a caravana “Lula pelo Brasil” – encerrada na terça-feira (6) em São Luís –, Maranhão sinalizou ter um “trunfo” para convencer o governador Flávio Dino (PCdoB) a apoiá-lo nas eleições de 2018 para o Senado Federal. Mas a alegria do deputado também tinha outra razão: o arquivamento do inquérito que acusava o parlamentar de participar de uma organização criminosa no âmbito da Operação Lava-Jato.

A notícia foi comemorada por Waldir Maranhão nas redes sociais. O deputado afirmou que a “justiça foi feita”, se referindo ao pedido feito pela Procuradoria- Geral da República (PGR) sobre as investigações do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a PGR, “não se colheu provas suficientes de envolvimento no delito de organização criminosa” contra Maranhão. A investigação foi aberta em 2013.

“Sofri calado durante todo esse tempo. Confiei na justiça e ela está sendo feita. É um momento de alegria, pois fui envolvido em questões políticas que acabaram prejudicando a minha honra. Só posso agradecer a Deus”, disse Waldir Maranhão logo após ser avisado do arquivamento.

Procuradoria-Geral envolve o doleiro Alberto Yousseff e a cúpula do Partido Progressista, como os senadores Ciro Nogueira (PI) e Benedito de Lira (AL). A denúncia que continua para os demais relacionados pelo Ministério Público Federal diz respeito à suposta propina paga por empreiteiras, como a Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Engevix.

Waldir é vaiado durante ato de Lula

O deputado federal Waldir Maranhão (Avante-MA) foi bastante vaiado durante boa parte da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Luís, que foi realizada na terçafeira (5), na Praça Dom Pedro II. Maranhão mira uma vaga no Senado Federal em 2018, e, apesar de ainda não ter oficializado sua candidatura, já articula nos bastidores em busca de alianças.

A intenção do parlamentar é clara: quer ser visto como candidato de Lula ao Senado, e posteriormente conseguir o apoio de Flávio Dino (PCdoB). Ocorre que, pelo menos em São Luís, os eleitores petistas ainda não esqueceram as relações estreias de Waldir Maranhão com o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), que está preso e foi um dos principais responsáveis pelo processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Quando presidiu a Câmara Federal, após Cunha ser afastado, Maranhão também garantiu o prosseguimento do processo.

No ato da caravana de Lula em São Luís, a multidão gritou várias vezes “Fora, Waldir!”, mesmo antes de o parlamentar subir no palco onde Lula discursou. Quando finalmente arriscou ser visto no palco, os gritos de “Fora, Waldir” ficaram ainda maiores, causando um evidente mal-estar. Waldir, no entanto, fingiu que não era com ele e permaneceu no palco, mas teve que ser “escondido” pelo governador Flávio Dino, que se posicionou na frente dele.

Lista

No inquérito da STF, 32 deputados do Partido Progressista (PP) estavam sendo investigados. Destes, apenas 14 se livraram da continuação das investigações. O pedido de arquivamento da PGR englobou os seguintes parlamentares: São eles: Jerônimo Gorgen, Gladson Camelli, Roberto Britto, Dilceu Sperafico, Luís Carlos Heinze, Renato Molling, Lázaro Botelho, José Olímpio Moraes, Roberto Balestra, Simão Sessim, Waldir Maranhão, Mário Negromonte Júnior, Alfonso Hamm e João Leão.

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