O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF, na tarde de ontem, (23), o pedido de arquivamento do inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar suposta participação da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) no esquema da Lava Jato.

Apesar do desgaste político causado e das suposições que cercam o caso, a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney sempre negou seu envolvimento em qualquer esquema fraudulento ao longo dos 2 anos em que perduraram as investigações da Polícia Federal.

Este é o segundo arquivamento de processos contra políticos maranhenses nos últimos meses envolvendo a operação lava jato. No início de setembro, o STF, através de Teori Zavascki, também já havia arquivada uma denúncia contra o senador Edison Lobão.

Roseana passou a ser alvo de investigações após o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, citar seu nome em uma dos depoimentos que compõem sua delação premiada.

Agora cabe ao Teori Zavascki, relator do caso, acatar ou não o pedido de arquivamento feito por Janot, com base em suas justificativas para abandonar o caso.

Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que atua como advogado de Roseana Sarney no caso se pronunciou sobre o arquivamento. “Foi um período de 2 anos de investigações e com várias diligências expondo Roseana a um constrangimento desnecessário. Nada foi provado porque era uma mentira deslavada do delator (Paulo Roberto Costa). Esse arquivamento, embora tardio, resgata, nesse ponto de vista, a verdade. Para Roseana que ficou sendo investigada desnecessariamente, é uma vitória. Este era o único inquérito em que Roseana era investigada. Embora a demora nas investigações tenha causado um enorme prejuízo pessoal e político, para Roseana a Lava-Jato é uma página do passado”, concluiu.