EDITORIAL

Ano de superação

Para os pessimistas, 2015 foi um ano perdido. Mas, olhando-se por outros ângulos não foi tanto assim, apesar da crise que se abateu sobre os brasileiros e cidadãos de outras partes do mundo, que viraram ‘formigueiros’, fugindo de guerras, de fomes de desemprego e de opressões e repressões de toda ordem. No Brasil foi o […]

Para os pessimistas, 2015 foi um ano perdido. Mas, olhando-se por outros ângulos não foi tanto assim, apesar da crise que se abateu sobre os brasileiros e cidadãos de outras partes do mundo, que viraram ‘formigueiros’, fugindo de guerras, de fomes de desemprego e de opressões e repressões de toda ordem. No Brasil foi o ano de impasses políticos e de revelações surpreendentes. E de decisões históricas no Judiciário.
Os brasileiros que foram às urnas em 2014 para eleger governadores, deputados e senadores como seus legítimos representantes nos estados e no Congresso Nacional. Porém, no ano que acabou dezenas deles foram arrastados, pela Operação Lava Jato, do Ministério Público, da Justiça e da Polícia Federal, para o centro das investigações em que detonaram o maior esquema de corrupção já revelado no país.
O povo brasileiro viu, pela primeira vez, bilionários e políticos poderosos encalacrados em corrupção, sendo presos, punidos e condenados pela Justiça. Não que anteriormente não existisse corrupção, mas que, desta vez, investigou-se em profundidade e escancarou-se as práticas que todos sabiam da existência, mas poucos se interessavam em vasculhar as entranhas do ambiente promíscuo, onde inúmeras bandalheiras são praticadas em nome do mandato eletivo.
Ano perdido? Nem tanto. Se a economia capengou, se a política travou o país, mas resta uma esperança de que em 2016 se busquem as saídas. O povo cansou de mazelas. De confronto pelo poder. Da guerra entre partidos, da torcida pelo quanto pior melhor. Os poderosos esqueceram-se do povo para disputar o poder a ferro e fogo, sem que para isso tenha recebido tal delegação.
O ano que passou foi também marcante para os meios de comunicação. Nunca na história brasileira a imprensa prestou tanto serviço ao denunciar desmandos pelo país afora. Também nunca a imprensa se viu num dilema tão robusto, quanto ao seu futuro. Mesmo assim, essa mesma instituição, cumpriu enorme e valoroso papel, mesmo descontados deslizes, parcialidades e posturas, que a história se encarregará de esmiuçá-las.
Seja como for o curso desse novo ano que começa hoje, O IMPARCIAL estará firme, cumprindo o seu papel de informativo, com a mesma responsabilidade e critérios, que nortearam sua longa história de 90 anos. Afinal, 2016 será o ano de renovação dos mandatos eletivos de prefeitos e vereadores e também de ingresso de O IMPARCIAL na década que o levará a 100 anos. Com a mesma energia e coragem que marcam as suas páginas desde 1926. Feliz recomeço!
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