CONFUSÃO

Tumulto marca formação da comissão de Impeachment

Alguns deputados obstruem as cabines de votação e Cunha solicitou que a segurança garanta a “liberdade de votação”

Foto: TV Câmara/Reprodução.


TV Câmara/Reprodução

Parlamentares discutem durante votação para escolher os deputados que analisarão o pedido de impeachment de Dilma Rousseff

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), iniciou na tarde de hoje a sessão para escolha dos integrantes da comissão especial que será formada para decidir pela continuidade ou arquivamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele anunciou que a eleição será secreta.
O presidente da Câmara leu os nomes dos integrantes das chapas. A chapa governista enfrentará a chapa da oposição com oito deputados a mais na disputa pela composição da comissão especial. O grupo favorável ao governo inscreveu 49 deputados de 20 partidos, enquanto o grupo que defende o impedimento da presidente apresentou 39 nomes de 13 partidos. No entanto, os números da primeira chapa serão alterados.
A governista perdeu dois integrantes, os deputados Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) e Marco Feliciano (PSC-SP). Eles apareciam nas duas chapas. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse na abertura da sessão que serão consideradas as inscrições feitas pelo próprio parlamentar. Como na chapa original as indicações foram feitas pelos líderes, os dois nomes ficaram na chapa alternativa, batizada de “Unindo o Brasil”.
Com isso, a chapa governista ficou com 47 deputados de 19 partidos. A alternativa, com 39 deputados de 13 partidos.
Os 39 deputados eleitos para a comissão especial do processo de impeachment, na Chapa 2
PMDB (8 vagas)
Osmar Terra (RS)
Lelo Coimbra (ES)
Carlos Marum (MS)
Lúcio Vieira lima (BA)
Manoel Junior (PB)
Mauro Mariani (SC)
Flaviano Melo (AC)
Osmar Serraglio (PR)
PSDB (6 vagas)
Carlos Sampaio (SP)
Bruno Covas (SP)
Shéridan (RR)
Rossini (PR)
Nilson leitão (MT)
Paulo Abi-Ackel (MG)
PSB (4 vagas)
Fernando Coelho Filho (PE)
Danilo Forte (CE)
Bebeto (BA)
Tadeu Alencar (PE)
PSD (4 vagas)
Sóstenes cavalgante (RJ)
Evandro Roman (PR)
João Rodrigues (SC)
Delegado Éder Mauro (PA)
PP (4 vagas)
Jerônimo Goergen (RS)
Jair Bolsonaro (RJ)
Luiz Carlos Heinze (RS)
Odelmo Leão (MG)
PTB (3 vagas)
Ronaldo Nogueira (RS)
Benito Gama (BA)
Sérgio Moraes (RS)
SD (2 vagas)
Fernando Francischini (PR)
Paulo Pereira da Silva (SP)
DEM (2 vagas)
Rodrigo Maia (RJ)
Mendonça Filho (PE)
PSC (2 vagas)
Marco Feliciano (SP)
Eduardo Bolsonaro (SP)
PPS (1 vaga)
Alex Manente (SP)
PEN (1 vaga)
André Fufuca (MA)
PHS (1 vaga)
Kaio Maniçoba (PE)
PMB (1 vaga)
Major Olímpio (SP)
As vagas que ainda restam na comissão especial
Bloco PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
4 titulares e 14 suplentes
Bloco PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
15 titulares e 17 suplentes
Bloco PSDB/PSB/PPS/PV
1 titular e 5 suplentes do bloco
PDT
2 titulares e 2 suplentes
Psol
1 titular e 1 suplente
PTC
1 titular e 1 suplente
PTdoB
1 titular e 1 suplente
Rede
1 titular e 1 suplente
Urnas quebradas
Após o presidente da Câmara declarar aberta a votação secreta da escolha dos integrantes da comissão do impeachment, a base do governo pediu questão de ordem, mas o Cunha não acatou afirmando que “não há questão de ordem e sim uma reclamação” por parte do deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Em seguida, Cunha deu a palavra à deputada Jandira Feghali (PCdoB – RJ), que também pediu questão de ordem e solicitou que a votação seja realizada de forma aberta.
“É inconstitucional”, disse. Cunha afirmou que responderá por escrito à solicitação da deputada. O deputado Wadih Damous (PT-RJ) disse que a constituição só estabelece votação secreta para casos excepcionais e engrossou o coro de Jandira. “Vossa excelência está inovando e está dando golpe parlamentar nesta casa, não podemos admitir isso”, afirmou. O presidente da Câmara também não acatou a solicitação.
Alguns deputados obstruem as cabines de votação e Cunha solicitou que a segurança garanta a “liberdade de votação”. O presidente da Câmara afirmou que a eleição se dará sem qualquer tipo de pronunciamento.
Deputados da base governista já quebraram duas urnas na tentativa de obstruir a votação secreta para escolha dos integrantes da comissão especial que será formada para decidir pela continuidade ou arquivamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já pediu que a segurança Legislativa entre em ação para permitir que as votações sejam realizadas.
Enquanto isso, alguns parlamentares tentam votar mesmo com governistas tentando obstruir a votação, que entram nas cabines e se recusam a sair. O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), está conversando com o presidente da Câmara na mesa da Casa.
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