A operação “Sermão aos Peixes” voltou a gerar comentários “silenciosos” na Assembleia Legislativa. Cerca de vinte deputados compareceram à sessão de ontem, quase todos da base aliada ao governo do estado e alguns independentes. Da oposição, apenas a deputada Nina Melo (PMDB) estava no plenário.

Os deputados Sousa Neto (PTN) e Andrea Murad (PMDB), genro e filha de Ricardo, sequer compareceram à Assembleia Legislativa do Maranhão. A última aparição deles na AL foi na quinta-feira passada. Nem mesmo nas redes sociais, eles se pronunciaram.

Nas subidas à tribuna, os deputados governistas não fizeram qualquer menção à operação da Polícia Federal. Apenas quando provocados, eles falaram. Caso do deputado Rogério Cafeteira, líder do governo, que disse que é precipitado falar qualquer coisa neste momento, mas é importante ficar atento às revelações da operação, tendo em vista que muita coisa ainda pode ser descoberta.

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“Chama atenção o fato de a polícia ter descoberto papéis queimados em dois locais diferentes. Mas esses locais não foram revelados. Isso é grave, é relevante. É preciso saber que papéis eram esses. Como não se tem essa informação, é muito complicado falar sobre o assunto, que ainda está sob investigação. Tudo que nós sabemos é o que tem sido veiculado na mídia”, disse Rogério.

Diferente do Parlamento Estadual, o tema foi abordado na Câmara Municipal de São Luís. Em discurso na tribuna, o vereador Professor Lisboa (PCdoB) afirmou que é grave o que a PF tem descoberto e vem revelando à sociedade. “O que nós vimos foi um verdadeiro ataque aos direitos do cidadão. Não podemos ficar calados diante de um caso desses, em que, quem sofre as consequências é a população”, discursou o vereador.