Justiça manda soltar filho do ex-ministro Edison Lobão

Marcio foi preso no dia 10 de setembro, durante a 65ª fase da Operação Lava Jato, no Rio de Janeiro

Reprodução

O desembargador do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4) João Pedro Gebran Neto decidiu soltar o filho do ex-senador Edson Lobão (MDB-MA), João Márcio Lobão, na manhã deste sábado, 14. Márcio estava preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, no Paraná.

“Ao que parece, Marcio Lobão operacionalizava e efetuava o branqueamento das propinas destinas ao seu pai, Edison Lobão. Muito embora tudo indique que tenha realizado operação espúrias, não há elementos – neste momento – que indiquem uma participação mais intensa e com ingerência no seio de alguma organização criminosa”, escreveu o desembargador na decisão.

Marcio Lobão está proibido de deixar o país e de ter contato com os outros investigados. O desembargador determinou o pagamento de fiança no valor de R$ 5 milhões.

A defesa do filho do ex-senador se pronunciou sobre o assunto dizendo:

“Três dias após a prisão, o TRF-4 reconheceu a ilegalidade da ordem de prisão ao verificar a plena regularidade nas informações financeiras de Márcio Lobão. Nesta oportunidade, Marcio Lobão reconhece a imparcialidade do Poder Judiciário e confia que abusos serão prontamente corrigidos por questão de justiça. Sempre que procurado, permaneceu e permanecerá a disposição das autoridades para demonstrar que nunca se envolveu em ilícitos e tem o seu patrimônio declarado de forma regular e absolutamente transparente”

Entenda o caso

O filho do ex-senador e ex-ministro de minas e energias Edison Lobão, Márcio Lobão, foi preso no dia 10 de setembro, durante a 65ª fase da Operação Lava Jato, no Rio de Janeiro.

As averiguações apontavam que, ao menos entre 2008 e 2014, o ex- ministro Edison Lobão e o filho Márcio Lobão solicitaram e receberam R$ 50 milhões de propinas dos Grupos Estre e Odebrecht. Os investigadores apontam que as propinas foram entregues em espécie no escritório advocatício ligado à família Lobão, no Rio de Janeiro.

De acordo com informações do MPF, nas lavagens de dinheiro que envolvem Márcio Lobão, houve aquisição e venda de obras de arte com valores excessivos, movimentação de valores milionários em contas abertas em nome de empresa offshore no exterior, simulações de empréstimos com familiares e operações de venda de imóvel, além de interposição de terceiros no caso, o que aumentou seu patrimônio em R$30 milhões de reais.

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