Na reta final da corrida ao Palácio dos Leões Roberto Rocha (PSDB) e Maura Jorge (PSL), que intercalam entre terceiro e quarto lugar nas pesquisas, tentam se colocar como uma terceira via para chegar no segundo turno contra a polarização Flávio Dino (PCdoB) e Roseana Sarney (MDB).

Maura Jorge em passeata na capital maranhense (Foto: Divulgação/PSL)

Com o aumento das intenções de voto em Jair Bolsonaro (PSL), Maura tenta colar sua imagem a dele. No único debate entre os candidatos ao governo do Maranhão, realizado na terça-feira (2), ela apareceu com uma camisa-meme do militar de extrema direita. “A prova de que não estamos lidando com pessoas sérias e que também não pensam no bem da população, a ex-governadora Roseana Sarney e o Comunista Flávio Dino, nos atacam e insistem em querer nos calar. Escondem quem realmente eles apoiam, diferente de mim, que firmei um compromisso de sucesso com Bolsonaro”, disse Maura.

Os números Ibope, entretanto, mostram que a rejeição de mulheres a Bolsonaro mantém-se alta, sobretudo entre mulheres de baixa renda e das regiões Norte e Nordeste, o que teoricamente dificultaria que sua candidatura ao governo do Maranhão decolasse em menos de uma semana.

A tática de atacar os adversários que lideram a disputa também é empregada por Roberto Rocha. O Senador usa suas redes sociais para, além de apresentar seus projetos, deixar claro esse posicionamento. “O povo maranhense não é moeda de disputa entre dois lados que querem deter o poder para si”, afirmou em uma postagem no Facebook.

Roberto Rocha, em campanha (Foto: Divulgação/PSDB)

O debate na noite de terça-feira deixou claro a estratégia de apresentar-se como terceira via, naquilo que os maranhenses conhecem como “os que apoiam” e “os que são contra” os Sarneys.

Por outro lado, aqueles que lideram a corrida seguem com agendas e atitudes semelhantes. Ontem, por exemplo, Flávio Dino esteve em quatro cidades, a saber, São João dos Patos, Paraibano, Pastos Bons e Barão de Grajaú. Enquanto Roseana viajou para Bequimão, Peri Mirim, São Bento e Pinheiro.

Nos palanques e nas redes, inclusive no debate, o comunista adotou como postura principal ressaltar suas obras e mudanças que vem promovendo no estado, usando como comparação como estava o Maranhão antes de sua posse.

Já a emedebista foca seu discurso na desconstrução de Dino. Recorda de projetos sociais, e aponta que o estado piorou desde que ela entregou a faixa ao comunista. Agora, serão os eleitores quem dirão qual candidato adotou a melhor tática.