Vitória Holandesa

Max Verstappen vence o GP do Japão e conquista bicampeonato de Fórmula 1

O holandês conquistou a vitória e contou com decisão da direção de prova para conquistar o título de 2022.

As condições de pontuação e a repentina alteração oficializaram Verstappen como campeão munndial de Fórmula 1 pela segunda vez na carreira. (Foto: Reprodução/AFP)

O piloto holandês Max Verstappen venceu o Grande Prêmio do Japão, na madrugada deste domingo (9), e conquistou o bicampeonato mundial de Fórmula 1. 

A chuva, assim como em Cingapura, voltaria a aparecer como figura central da corrida. Diferente da etapa anterior, não houve atraso na largada e com muita água no traçado, os pilotos saíram pontualmente às 14h do Japão, com pneus intermediários. Na largada, Leclerc atacou bem o pole Max Verstappen na luta pela ponta, bem defendida pelo holandês na curva 3.

Atrás dos líderes, Carlos Sainz destraciona sozinho, bate o carro e é o primeiro a abandonar a corrida. Em seguida, Alexander Albon teve problema de motor e deixou a prova. Pierre Gasly até chegou a levar um pedaço de placa de publicidade seguido ao choque do ferrarista.

As situações climáticas eram cada vez mais complicadas e com as condições na pista a direção de prova sinaliza bandeira vermelha, com mais chuva por vir no Circuito de Suzuka. As precipitações trariam problemas e polêmicas para o andamento do grande prêmio.

Gasly, inclusive, esbravejou aos diretores sobre a presença de tratores no traçado: nesta situação, em 2014, a presença destes elementos de forma inadequada levaram à morte do piloto Jules Bianchi, por choque em um dos veículos. Este foi o último óbito na história da Fórmula 1.

Após 20 minutos de prova paralisada, o carro médico saiu dos boxes para conferir as condições para prova. Com aproximadamente 40 minutos de sessão, foi anunciada a relargada em movimento às 2h50 de Brasília, decisão suspensa a dois minutos do retorno dos carros à pista.

Passada uma hora de paralisação, outra revisão das condições foi feita, com o traçado apresentando mais spray de água acumulada em relação à análise anterior. Enquanto do teste, um relógio regressivo de menos de duas horas, com objetivo a não perder o horário máximo que a corrida poderia perdurar (até às 5h no Brasil), foi disparado.

A falta de decisão dos diretores de prova dava a entender que a corrida contaria com pontuação cedida à metade, solução utilizada pela impossibilidade de uma prova completa. O episódio mais recente da aplicação desta solução ocorreu no Grande Prêmio da Bélgica do ano passado, com vitória de Verstappen.

Mais uma revisão das condições de pista foi feita com uma hora e meia líquida de prova, faltando o mesmo tempo exato para o fim definitivo do evento pelo tempo. A chuva, nas mais diversas partes do traçado, não dava qualquer trégua, indicando a impossibilidade de uma corrida.

A questão se tratava da quantidade de voltas sob bandeira verde: de acordo com o regulamento, em menos de três voltas os pilotos não podem somar pontos pela falta da disputa por estas mesmas unidades. Em ocasiões diversas, as pontuações fora da normalidade de corrida também podem variar entre 25% e 50%.

Próximo às duas horas de prova, o carro médico realizou mais uma conferência de situação de pista, ainda espalhando bastante spray por onde passava, com várias poças concentradas em diversos pontos do traçado. Às 4h05 de Brasília, no entanto, foi anunciado o reinício da prova em 10 minutos a partir do aviso às equipes.

Com o céu mais aberto, o carro de segurança puxou a fila de pilotos, utilizando pneus de chuva pesada. Em seguida, foi declarada a largada em movimento após a terceira volta com safety car na pista. O spray ainda era alto, mas a pista apresentou leve melhora, ao faltar 40 minutos de corrida por disputar.

A surpresa na relargada ficou no pitstop de Sebastian Vettel e Nicholas Latifi, adeptos dos pneus intermediários, seguidos na estratégia por Lando Norris e Valtteri Bottas. Nas demais partes do pelotão, não havia maior movimentação inicial. Em seguida, boa parte do grid foi aos boxes. Fernando Alonso assume a ponta pela primeira vez na temporada. George Russell criticou a decisão da Mercedes de mudar os compostos.https://de70d3f96127acd32164ffb8514ac18e.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O espanhol da Alpine, assim como o então vice-líder Daniel Ricciardo, foram aos boxes. Apenas Mick Schumacher e Guanyu Zhou não haviam parado. O chinês parou tardiamente e o alemão era o único insistente na pista, sendo presa fácil faltando meia hora para acabar a prova. Max Verstappen, Charles Leclerc e Sergio Pérez lideravam.

Dono da melhor volta da corrida, o monegasco adiava a festa do líder do campeonato para a etapa seguinte. O holandês deveria roubar o ponto para festejar nas terras orientais. Sem grandes dificuldades, o piloto da Red Bull não demorou a abrir mais de 10 segundos de diferença para o ferrarista.

Com pouco menos de 15 minutos, havia a preocupação na carga de pneus intermediários. Leclerc perdia tempo para Verstappen (superando os 15 segundos), via Pérez se aproximar e havia perdido a volta rápida para Zhou, de pneus renovados por outro pitstop. O confronto direto se dava nos cinco minutos finais: um choque entre ambos poderia fazer o atual campeão levar o seu segundo título.

O céu se escurecia no Japão e a briga nas duas voltas finais seguia com as posições mantidas, em diferença sempre inferior a um segundo. Na ponta, Max Verstappen recebeu a bandeira quadriculada 26 segundos à frente dos rivais diretos.

Leclerc ainda cortou a chicane e foi penalizado por perder o segundo lugar para Pérez, configurando em dobradinha da Red Bull na casa de seu fornecedor de motores, a Honda.

As condições de pontuação e a repentina alteração oficializaram Verstappen como campeão munndial de Fórmula 1 pela segunda vez na carreira. Após uma semana de folga, a Fórmula 1 retoma suas atividades nos dias 21, 22 e 23 de outubro, com o Grande Prêmio dos Estados Unidos, no Circuito das Américas, em Austin, no Texas.

Confira o resultado final do Grande Prêmio do Japão:

1 – Max Verstappen (Red Bull)
2 – Sergio Pérez (Red Bull) + 27.066
3 – Charles Leclerc (Ferrari) + 31.763
4 – Esteban Ocon (Alpine) + 39.685
5 – Lewis Hamilton (Mercedes) + 40.326
6 – Sebastian Vettel (Aston Martin) + 46.358
7 – Fernando Alonso (Alpine) + 46.369
8 – George Russell (Mercedes) + 47.661
9 – Nicholas Latifi (Williams) + 1:10.143
10 – Lando Norris (McLaren) + 1:10.782
11 – Daniel Ricciardo (McLaren) + 1:12.877
12 – Lance Stroll (Aston Martin) + 1:13.904
13 – Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) + 1:15.599
14 – Kevin Magnussen (Haas) + 1:26.016
15 – Valtteri Bottas (Alfa Romeo) + 1:26.496
16 – Guanyu Zhou (Alfa Romeo) + 1:27.043
17 – Pierre Gasly (Alpha Tauri) + 1:28.091
18 – Mick Schumacher (Haas) + 1:32.523
(Carlos Sainz e Alexander Albon não completaram a prova)

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