Pesquisa

Luta contra protozoários é foco de duas bolsistas no Maranhão

Doutorandas estudam esses parasitas em moluscos, ovinos e caprinos para evitar infecção alimentar e perda na produção.

Elaine Silva analisa o comportamento do Toxoplasma gondii em moluscos, como ostras e sururus (Foto: Alexandre Lage CCS/CAPES)

Uma batalha contra protozoários é travada por duas bolsistas da CAPES no doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). No laboratório de Patologia Molecular, as médicas veterinárias estudam formas de combater esses microrganismos parasitas que podem causar graves doenças aos seres humanos.

Elaine Silva analisa o comportamento do Toxoplasma gondii em moluscos como ostras e sururus, na costa leste do Maranhão. A espécie provoca infecções e é transmitida por meio dos alimentos. “O trabalho, que está em fase de coleta de material, envolve a pesquisa da diversidade genética do protozoário que infecta os mariscos, que são bastante consumidos na região e funcionam como veiculadores de doenças, ao serem ingeridos in natura”, explica a pesquisadora.

Thaliane França tenta defender caprinos e ovinos do Trypanossa vivax (Foto: Alexandre Lage CCS/CAPES)

Já os caprinos e ovinos são acompanhados na pesquisa de Thaliane França, que busca uma forma de defender o rebanho do Trypanossoma vivax, protozoário que afeta a saúde dos animais e acarreta perdas para os produtores. “Aqui no nosso estado, não temos um levantamento com caprinos e ovinos. Essa pesquisa vai beneficiar diretamente o produtor, na detecção do parasita e no auxílio ao diagnóstico, para o correto tratamento do rebanho”, enfatiza.  

Os estudos dos pesquisadores da UEMA com protozoários têm se tornado referência para a saúde no estado. “O objetivo é contribuir com a política de saúde”, argumenta a coordenadora do Programa de Pós-Graduação da Ciência Animal, Andréa Costa. Ela destaca o trabalho com o Tripanossoma cruzi, transmitido pelo inseto “barbeiro” e causador da Doença de Chagas, que será apresentado à Vigilância Sanitária da capital maranhense. “Fizemos a pesquisa em cães domiciliares aqui mesmo em São Luís, e conseguimos comprovar a presença da doença nos animais, o que, brevemente, pode chegar ao ser humano”, alerta.

Bolsas da CAPES

Andréa Costa é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Uema (Foto: Alexandre Lage CCS/CAPES)

Elaine Silva afirma que a bolsa da CAPES é de extrema relevância para sua fixação no programa de pós-graduação. “São todos os custos de dedicação exclusiva aos estudos e, principalmente, os gastos relacionados à compra de material e logística, das nossas idas a campo para fazer a coleta do material”, justifica.

A dedicação exclusiva também é apontada por Thaliane França como uma das principais vantagens da bolsa da CAPES. “Atuo no laboratório, participo de grupos de pesquisa e auxilio alunos. Não preciso estar em outros trabalhos, pois tenho o recurso da bolsa”.

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