CELEBRAÇÃO

Procissão dos orixás volta a ser realizada em homenagem a São Luís

Evento integra o calendário das atividades em comemoração ao aniversário da cidade

Procissão homenageia Dom Luís Rei de França, que deu nome à capital maranhense (Foto: Reprodução)

Nesta quarta-feira (8), foi realizada mais uma Procissão dos Orixás, homenageando São Luís pelos seus 409 anos de fundação. O ato reuniu pais, mães, filhos e filhas de santo e percorreu as principais ruas do Centro Histórico da capital maranhense, seguindo os protocolos sanitários.

Ano passado, por conta da pandemia da Covid-19, a tradicional Procissão não pode ser realizada. Este ano, porém, o avanço da vacinação permitiu a celebração da data.

A concentração se deu em frente ao Palácio La Ravardiere, sede da Prefeitura, de onde saiu e seguiu percorrendo as ruas do centro histórico com destino à igreja do Desterro. Com o apoio da Prefeitura de São Luís, o evento integra o calendário das atividades em comemoração ao aniversário da cidade.

Durante a Procissão, o prefeito Eduardo Braide comentou sobre a importância do respeito a todas as manisfestações religiosas, e frisou que a vacina teve papel fundamental na volta à normalidade das atividades culturais.

“Gostar é uma opção, mas respeitar e ser tolerante é uma obrigação de todos. São Luís é a capital de todos os ludovicenses e maranhenses, e não concordamos com nenhum tipo de intolerância”, disse Braide. “É por causa de sermos exemplo na vacinação que estamos tendo este momento”, completou.

O objetivo da celebração é homenagear Dom Luís Rei de França, entidade que se inspira no rei que deu nome à capital maranhense, e Nossa Senhora da Vitória, padroeira de São Luís.

A procissão é organizada há mais de 50 anos pela Fucabma – presidida por Biné Gomes, Abinokô do Terreiro de Iemanjá e Membro do Conselho de Igualdade Racial, e tem como patrono o vereador e pai de santo Astro de Ogum.

A Encantaria

Diferente da Umbanda, na qual as entidades são espíritos de índios, escravos, etc, que desencarnaram e hoje trabalham individualmente (geralmente usando nomes fictícios), na Encantaria, os encantados não são necessariamente de origem afro-brasileira e não morreram, e sim, se “encantaram”, ou seja, desapareceram misteriosamente, tornaram-se invisíveis ou se transformaram em um animal, planta, pedra, ou até mesmo em seres mitológicos e do folclore brasileiro como sereias, botos e curupiras.

Na Encantaria, as entidades estão agrupados em famílias e possuem nome, sobrenome e geralmente sabem contar a sua história de quando viveram na terra antes de se encantarem. Encantaria também pode se referir aos lugares onde tais entidades vivem.

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