POLÍTICA

Flávio Dino assume possibilidade de se candidatar à presidência em 2022

O governador do Maranhão falou em três possibilidades para seu futuro político: continuar no governo do estado até o fim; disputar algum cargo no Congresso Nacional; ou se candidatar a presidente da República

foto: reprodução

Ao revelar os próximos passos que deve seguir na política, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), mencionou três hipóteses: finalizar o governo do estado, disputar o congresso ou a presidência.

“É claro que, lá em 2022, nós teremos mais um processo eleitoral, se Deus quiser. E eu estarei participando dele. Poderei participar de três formas. Forma número 1: continuando no governo do Maranhão até o final do meu mandato. É uma hipótese. (…) Segunda hipótese: saio em abril de 2022 e me candidato a um cargo no Congresso Nacional: ou no Senado ou na Câmara”, disse, em entrevista.

“Terceira hipótese: em havendo algum tipo de articulação nacional, no campo da esquerda, no campo popular democrático, isso resulta numa convergência ampla em torno de determinados nomes que consigam de um modo unificado representar o nosso pensamento. E, se eu tiver a possibilidade de ser um desses nomes, é claro que poderei desempenhar esta tarefa. Mas não é algo que eu planeje como foco principal e exclusivo. Porque, simplesmente, não depende de mim”, explicou.

Depende dos outros partidos

Lula e Dino durante campanha. Foto: Divulgação

As declarações foram feitas em entrevista ao Jornal Pequeno. Ainda na conversa, o governador maranhense reforçou a ideia de que a disputa não depende somente dele. “As alternativas 1 e 2 dependem exclusivamente de mim. A alternativa 3 [da candidatura à presidência], não. Depende de Deus, da vontade de um monte de gente, de um monte de partidos (…). Agora, as três hipóteses, graças a Deus, existem”.

Local onde Fernando Haddad (PT) obteve maior número de votos nas eleições de 2018, o Nordeste é considerado o “berço” do futuro nome que se candidatará à presidência em oposição a Jair Bolsonaro. No entanto, tudo depende do apoio de Luís Inácio Lula da Silva (PT), que, mesmo preso, continua sendo o mais influente líder da frente de esquerda.

No começo deste ano, Haddad já havia descartado a possibilidade de concorrer à prefeitura de São Paulo em 2020. Sua pretensão é de disputar a presidência novamente. Neste cenário, o PT tende a apoiar nomes de sua própria legenda em vez de “aliadas”, o que impossibilitaria a candidatura do pecedebista de ir para frente.

Outro possível nome a ser considerado é o do governador da Bahia, Rui Costa (PT). Além de ser o presidente da alianças entre os governadores de oposição – o Consórcio Nordeste -, Rui tem uma suposta vantagem sobre Dino por já ser do PT.

Foto: Reprodução

Caso a corrida presidencial não renda, a saída é que Flávio Dino concorra à unica vaga do Senado a ser oferecida em 2022. No mesmo ano, espera-se que Weverton (PDT) abandone o cargo para concorrer ao Governo do Maranhão. Com a vitória na Casa praticamente garantida, a bancada maranhense passaria a ser composta por Eliziane Gama (CIDADANIA); o suplente de Weverton, Roberth Bringel (DEM); e Flávio Dino.

A disputa já vinha sido trilhada

Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, assina Consórcio Nordeste. Foto: Agência Secap

Até este momento, uma possível candidatura de Flávio Dino à presidência já vinha sido teorizada desde que o governador começou a protagonizar encontros e alianças nordestinas – como o Consórcio Nordeste, cujo encontro principal ocorreu no Palácio dos Leões, no Maranhão.

A tese começou a se confirmar quando Dino passou a se reunir com grandes líderes brasileiros, tanto de oposição quando da base. Desde a eleição de Jair Bolsonaro, o governador já havia firmado apoio do PDT de Ciro Gomes; com lideranças do PSOL, como Guilherme Boulos e Sônia Guajajara; e com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, do PT.

Nas últimas semanas, além de Lula, Dino chegou a se encontrar com os também ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, até então seu principal rival no Maranhão. Sobre este último, explicou que não se tratava de nenhum acordo entre os dois, e sim da construção de uma frente ampla de oposição ao “extremismos do bolsonarismo” do Governo Federal.

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