RETOMADA

Vale inicia operação da usina de pelotização em São Luís

A unidade, que teve suas atividades paralisadas em 2012, tem capacidade anual de produção de 7,5 milhões de toneladas

Reprodução

A Vale retomou a operação da usina de pelotização em São Luís nesta sexta-feira, 4 de maio, durante evento que marcou o início do funcionamento dos sistemas de transportadores de correia e prensa da planta. Considerada um marco da retomada da operação, o acionamento dos sistemas foi acompanhado pelo diretor-presidente, Fábio Schvartsman, e contou com a presença do governador do Estado do Maranhão, Flávio Dino, além de autoridades municipais e estaduais.

A Vale decidiu retomar a operação da usina em 2017, quando foram iniciados os estudos de viabilidade da planta. “O mercado apresenta-se numa condição favorável de demanda, abrindo oportunidade para o aumento de produção de pelotas. Por esta razão, a Vale decidiu retomar a operação devido a sua proximidade aos projetos de expansão da Vale na região”, explica o diretor de Pelotização da Vale, Cláudio Alves.

A unidade, que teve suas atividades paralisadas em 2012, tem capacidade anual de produção de 7,5 milhões de toneladas. Com a retomada, serão gerados 370 postos de trabalho, entre próprios e terceiros, em áreas técnicas como mecânica, elétrica, eletroeletrônica, eletrotécnica, metalurgia, química e eletrônica. A usina conta com aproximadamente 59 fornecedores no processo de revitalização, dos quais 40% são formados por empresas maranhenses.

Localizada na área Itaqui-Bacanga, próxima ao Boqueirão, a pelotizadora de São Luís é a primeira da empresa construída pela Vale no Maranhão. Foi inaugurada em 26 de março de 2002, um investimento na época de US$ 408 milhões que gerou 2.500 empregos diretos e indiretos em sua construção. Em 2007, a unidade atingiu seu pico máximo de produção: 7,05 milhões de toneladas. Para a renovação da planta foram investidos US$ 104,5 milhões.

Entre os investimentos realizados para a retomada da usina, e como parte das etapas de controle ambiental, destaca-se a instalação de medidores de gases nas chaminés, que permitirão o monitoramento e controle das emissões de gases gerados durante o processo, com o objetivo de atuar de forma rápida e preventiva. Depois de prontas, as pelotas recebem supressores de pó, uma camada de proteção formada por um composto de glicerina e água para dificultar o desprendimento de pó causado pela força do vento ou durante a movimentação das pelotas.

Sobre a produção de pelotas na Vale

Pelotas são pequenas bolinhas de minério de ferro usadas na fabricação do aço e consideradas um produto de altíssimo valor agregado por proporcionar maior produtividade nas usinas siderúrgicas. Elas são feitas com uma tecnologia de processamento térmico que utiliza os finos gerados durante a extração do minério. Para se chegar à pelota, o minério de ferro é misturado ao calcário, bentonita e antracito, um tipo de combustível sólido, além de outros insumos. Para a produção de 1 tonelada de pelotas são necessários 990 kg de minério de ferro. Pontes, carros, aviões, bicicletas, eletrodomésticos e grande parte dos produtos que utilizamos em nosso dia a dia são feitos a partir do aço produzido nas siderúrgicas.

A produção de pelotas em São Luís será feita com o minério de ferro das minas de Carajás, considerado de alto valor de pureza devido a maior concentração de ferro. O embarque do produto será feito pelo Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, líder no ranking de movimentação de carga do país entre os portos privados. No total, a Vale possui 11 usinas de pelotização no Brasil, sendo 10 no Sistema Sul – oito no Espírito Santo e duas em Minas Gerais – e uma em São Luís.

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