ENTREVISTA

“Vamos às eleições para vencer”, diz Edison Lobão

Senador Edison Lobão diz não temer coalizão partidária em prol de Flávio Dino e garante que cenário atual é favorável para seu grupo político conseguir uma “vitória completa”

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Dono de quatro mandatos como senador, Edison Lobão (MDB) está prestes a concorrer a mais oito anos no poder. Aos 81 anos de idade, Lobão não tem dúvidas: tem condições cristalinas de permanecer no Senado. Em entrevista ao jornal O Imparcial, o experiente político afirma que ainda tem muito a contribuir para com o estado e pelo país e acredita, sem pestanejar, que o Grupo Sarney conseguirá uma “vitória completa” nas eleições de outubro.

Questionado sobre a dificuldade que seu grupo político terá para derrotar o governador Flávio Dino (PCdoB) e seus respectivos indicados ao Senado nas urnas, o senador Edison Lobão garante que o momento atual é favorável.

“Vamos às eleições para vencer. O atual quadro político favorece o nosso grupo e temos certeza de uma vitória completa. Há uma consciência estadual cada vez mais sólida nesta direção”, disse.
Para o senador maranhense, alguns fatores serão importantes para as eleições de outubro. Um deles é justamente a vontade do povo, que “já se deu conta de que a atual administração não é aquela com a qual sonhou”, independentemente da quantidade de partidos que formam a coalizão a favor do governador Flávio Dino. “Não é coalização que define uma eleição, mas a vontade do povo”, concluiu.

O IMPARCIAL – Senador, o senhor está prestes a disputar uma nova eleição para o Senado. Por que entrar em mais um pleito?

EDISON LOBÃO – Quem decide o destino do político é o povo. Ninguém é candidato de si mesmo. E o que eu percebo, no contato permanente com as lideranças políticas e na análise das pesquisas de opinião, é que o povo deseja a minha permanência no Senado, para continuar servindo ao Maranhão e ao Brasil. É um sinal de que tenho correspondido às esperanças e expectativas dos eleitores. Creio já ter realizado muito pelo Brasil e pelo Maranhão nestes anos todos de vida pública. E quero continuar realizando. As pessoas não se esquecem dos tempos felizes do meu governo, quando transformamos o estado num canteiro de obras. Fiquei conhecido como o governador das estradas, mas os avanços foram em todas as áreas.

O que o senhor pode acrescentar com um novo mandato?

Como senador, tenho viabilizado recursos e mais recursos para o Maranhão. Com a verba das minhas emendas parlamentares, tenho ajudado na construção e pavimentação de mais de milhares de quilômetros de rodovias, permitindo a circulação de riquezas e beneficiando a população maranhense. No ano passado, para dar um exemplo, obtive uma cota anual junto ao Ministério da Saúde de milhões de reais para o Hospital Presidente Dutra, em São Luís, dinheiro que foi utilizado para reforçar o setor de tratamento de câncer do hospital. É de conhecimento geral que sou um dos senadores mais atuantes do Senado Federal, o que mais presidiu comissões na Casa. Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, entre os anos de 2003 e 2004, aprovamos, com o apoio do ex-presidente Lula, a reforma do Judiciário, que facilitou e acelerou a entrada de processos na Justiça. Com a experiência de quatro mandatos como senador, ainda posso fazer muito mais pelo Maranhão e pelo Brasil, que enfrentam uma das mais graves crises econômicas e políticas.

Em 2018, a disputa para o Senado no Maranhão promete ser bastante acirrada. Como o senhor analisa o cenário político atual para estas eleições?

Vamos às eleições para vencer. O atual quadro político favorece o nosso grupo e temos certeza de uma vitória completa. Há uma consciência estadual cada vez mais sólida nesta direção.

Muito se fala que seu grupo político já escolheu o senhor e o ministro Sarney Filho para formar a chapa ao Senado. Não há como mudar essa composição? E como fica a situação do senador João Alberto? Seu grupo já definiu qual será o futuro dele nestas eleições?

Roseana será a nossa candidata a governadora. Sarney Filho e eu seremos os candidatos a senadores. O senador João Alberto é um grande líder e, no nosso grupo, ele será o que quiser ser.

Serão duas vagas em disputa para o Senado. Em 2010, o senhor e o senador João Alberto fizeram uma dobradinha que deu resultados. Em 2018, o senhor está pronto para uma nova dobradinha?

Eu e o ministro Sarney Filho faremos uma chapa que, com a graça de Deus e a força do povo, sairá vitoriosa nas eleições deste ano.

O cenário atual coloca muitos políticos importantes na disputa pelo Senado. Na sua opinião, por que o eleitor vai preferir votar no senhor ao invés de votar nos demais postulantes ao Senado?

Tenho obtido votações crescentes em todas as eleições. Na última eleição, por exemplo, obtive 1.702.085 (um milhão, setecentos e dois mil e oitenta e cinco) votos. Posso dizer com tranquilidade e humildade que o maranhense acredita em mim e que votará em quem ele conhece e confia e em quem tem serviços prestados ao país e ao Maranhão. Eu, felizmente, tenho a confiança e a força do meu povo.

Na sua opinião, a ex-governadora Roseana Sarney é a mais preparada para derrotar o governador Flávio Dino em 2018? Por quê?

O último governo da ex-governadora Roseana Sarney, se comparado à atual gestão, garante a ela a expectativa de nova conquista. A ex-governadora Roseana Sarney tem experiência, realizou muito pelo Maranhão e pelo Brasil, conhece o Maranhão e os caminhos para solucionar os nossos mais graves problemas. Ela já foi governadora por quatro mandatos e ajudou muito os maranhenses. O povo gosta de Roseana e confia nela.

Após muitos anos, o ex-presidente José Sarney mudou seu domicílio eleitoral. A presença dele mais perto da eleição no Maranhão significa o que prática? Muda alguma coisa na sua eleição para o Senado?

A presença do presidente Sarney durante a campanha será muito importante. A sua ajuda só me honra e tenho a certeza que será um diferencial nesta campanha. Ele vai colocar toda a sua experiência, prestígio e força, como um dos políticos de maior expressão do país, em favor do projeto que defendemos para o Maranhão.

Foi consenso a escolha do seu nome e o do Sarney Filho para a disputa do Senado ou houve resistência de alguém?

Desde outubro do ano passado, quando declarei publicamente minha intenção de candidatura, recebi o apoio resoluto do meu grupo político e do meu partido. E o ministro Sarney Filho também.

Como o senhor analisa o governo Flávio Dino? O senhor realmente acredita que seu grupo político está preparado para retomar o poder no estado?

Quem vai julgar o atual governo é o povo do Maranhão, que se manifestará livremente nas eleições. Mas como podemos observar, nos últimos anos os índices de violência e saúde, por exemplo, estão alarmantes. O povo já se deu conta de que a atual administração não é aquela com a qual sonhou.

O senhor está pronto para qualquer resultado nestas eleições ou teme que possa perder o pleito de outubro?

O verdadeiro político sempre estará pronto para qualquer resultado. Em todas as eleições, sempre coloquei o povo e o meu estado acima de quaisquer desavenças políticas. Mas, mais uma vez, tenho a certeza que o maranhense estará novamente ao meu lado, assim como esteve em todas as eleições de que participei, sempre vitoriosas.

A base do governo Flávio Dino garante possuir 14 partidos aliados. Essa informação, de alguma forma, preocupa seu grupo político? É possível vencer mesmo que realmente exista uma coalizão deste tamanho? E quais são os partidos que estarão com o MDB na disputa no Maranhão?

As coligações ainda não estão definidas. Mas não podemos esquecer que o MDB, que lidera nossa coligação, é a maior legenda política deste país. De todo modo, não é coalização que define uma eleição, mas a vontade do povo.

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