SHOW

Jorge Vercillo e Chico César nos Lençóis Maranhenses

Projeto Mais Cultura e Turismo Lençóis Maranhenses pretende movimentar as férias de julho com apresentações de shows locais e nacionais, além de promover as belezas naturais de Barreirinhas, cartão postal do Maranhão

Reprodução

Os cantores Chico César e Jorge Vercillo são as duas grandes atrações nacionais que integram a programação especial para as férias no estado, por meio do projeto Mais Cultura e Turismo Lençóis Maranhenses, que começa no dia 7 de julho. O evento cultural ocorrerá durante os fins de semana do mês de julho, na cidade de Barreirinhas. Idealizado pela Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), o projeto, que prevê programações artísticas e culturais, contará com apresentação de show locais e nacionais, lancha cultural, apresentações teatrais, aulões de zumba e muito mais, prometendo animar os dias na cidade, que é o portal de entrada dos Lençóis Maranhenses.

No primeiro fim de semana, a atração principal será o cantor Jorge Vercillo, que fará apresentação no sábado (8), a partir das 21h30. A programação conta ainda com shows do cantor Carlinhos Veloz, Kambada do Forró, Forró do Xeleléu, Cacuriá de Dona Teté, Banda Filhos da Areia e Dj Júnior Pará. Durante o dia, a programação fica por conta dos aulões de zumba e de apresentações teatrais, tudo na Beira-Rio.
O artista carioca, que está comemorando seus 20 anos de carreira, vem ao estado para divulgar o álbum Vida é arte, composto por 13 canções, sendo seis inéditas. A canção que dá título ao 13º álbum da carreira foi eleita por ele como uma de suas melhores obras até hoje. Além disso, Vida é arte marca a estreia do filho de Vercillo Vinícius, de 13 anos, que gravou solos de guitarra na faixa Cegueira da visão. A canção foi produzida pelo americano Patrick Leonard, que já trabalhou com Madonna e que é coautor de sucessos como Live to tell, Like a prayer e Cherish.

O disco tem produção assinada por André Neiva e Jorge Vercillo e ainda traz parcerias com Beto Dourah, Carlinhos Brown, Dudu Falcão, Flávio Venturini, Jota Veloso, Júnior Meireles, e Luana Mallet. Entre as seis inéditas do CD, está Pra valer, canção pop que revela uma das muitas facetas do compositor, e Talismã sem par, O silêncio na favela e Permissão, composições essas divulgadas na web por Vercillo, ao longo de 2015, dentro do projeto intitulado Extra-físico, e a regravação de Pode Ser, composição de Vercillo que se consagrou na voz de Pedro Mariano. Jorge Vercillo que também está passando por um novo momento em sua carreira musical está investindo em autoprodução. O escritório ao qual batizou de Leve, ele está bancando os seus próprios shows. O artista justifica que é melhor assim porque pode escolher a data e aonde vai poder tocar e o contratante entra só como parceiro. Nos Lençóis Maranhenses, Jorge Vercillo cantará canções que marcaram a sua trajetória musical nessas duas décadas. A nova turnê do artista, intitulada de A Experiência, conta com sucessos de todas as fases da carreira de Vercillo, como Ela Une Todas as Coisas, Final Feliz, Monalisa entre outras. Vercillo brindará o público com canções do seu mais recente trabalho Vida é Arte, entre elas Minhas Escolhas, feita em parceria com o gaúcho Antônio Villeroy, e Samba Oração, em homenagem ao filósofo e compositor Jorge Mautner.

Som tropicalista do Crioliona
No final de semana seguinte a programação será comandada pelo grupo Criolina, além da Banda Chorando Calado, Companhia Encantar, Tambor de Crioula Arte Nossa, o cantor Mano Borges, grupo Tripa de Bode e Dj Speto. A dupla Criolina, formada pelos cantores maranhenses Alê Muniz (voz e guitarra) e Luciana Simões (voz e harmônica), que também aproveitam o momento para comemorar seus dez anos de carreira apresentam o seu mais novo trabalho: Radiola em Transe. O álbum que é o quarto CD lançado pela dupla traz um ar neotropicalista, principalmente pela forma como misturam o pop maranhense, que bebeu do reggae, com a sonoridade do início dos anos 1970. O disco traz 13 faixas que celebram o rock, o reggae, sons regionais e afros, e têm uma pitada fundamental de psicodelia que lembra muito os Mutantes tropicalistas. Alê e Luciana também farão um passeio musical com um repertório baseados em trabalhos anteriores como: Criolina (2007), Cine Tropical (2011) e o EP Latino Americano (2016).

O som do Criolina pode ser definido como um resultado das experiências e referências musicais vividas tanto por Alê Muniz quanto Luciana Simões. Alê que cantor e compositor e que tem mais de 20 anos de convívio com a música popular do Maranhão, aliou esse contato e suas suas andanças e mudanças pelo mundo em suas composições. O cantor acredita que a liberdade de criar, transformar e adaptar sonoridades diversas faz dele um artista que está sempre em busca de ampliar seus limites. Já Luciana Simões que também é cantora e compositora é uma das fundadoras da banda de reggae Mystical Roots. Luciana Simões por um tempo foi vocalista da Natiruts, o que lhe proporcionou alguma visibilidade no cenário nacional e viagens internacionais. Além da aproximação com a musica jamaicana. Luciana desenvolve um trabalho de universo musical. “Não gosto de rótulos. Não quero limites”, diz. A artista cursou a Universidade Livre de Música Tom Jobim.
Escolheu como foco de estudo a Era do Rádio. Cantoras como Elizeth Cardoso, Dolores Duran, Dalva de Oliveira e Maísa, têm grande infuência em sua formação. “Criolina é um pouco de tudo isso, do lirismo do passado à música pop contemporânea”, complementa a cantora.

Chico César

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No fim de semana de encerramento, a grande atração será o cantor Chico César, além do cantor George Gomes, a banda Raiz Tribal, o grupo Vira Jazz, grupo Lamparina, o cantor Pepê Júnior e o DJ Claudinho Polary. Chico César apresenta aos maranhenses o show de lançamento do DVD Estado De Poesia, construído a partir do nono álbum do artista e da turnê homônima que abarcou composições em que samba, forró, frevo, toada e reggae se misturam. Estado de poesia foi lançado em 2015, e é considerado um dos melhores discos do ano passado. No roteiro do show, Chico César canta as músicas do álbum e dá voz ao samba-reggae Brilho de beleza do disco Nego Tenga, de 1988 e à canção Espumas ao vento de Accioly Neto, de 1997, entre outras músicas do cancioneiro autoral do compositor projetado em 1995 com o CD Aos vivos.

Vale lembrar que Estado de Poesia é um dos discos que tem suas 14 faixas quase todas assinadas apenas por Chico César. Nelas convivem, lado a lado, lirismo e política tema que ele não tem medo de expor publicamente a sua opinião. No show Estado de Poesia isto está explicitado em Reis do Agronegócio, uma canção de protesto sem rodeios, com uma letra longa feita em parceria com Carlos Rennó, que entrou como faixa bônus no trabalho. Segundo Chico César, a música pressentiu a atmosfera que estava surgindo no país. No repertório, o cantor também incluiu a mais famosa de todas as canções engajadas da MPB, Caminhando (Para Não Dizer Que Não Falei de Flores), de Geraldo Vandré, passando pela não menos conhecida Mama África. Enfim, o show que Chico César vai apresentar nos lençóis maranhenses resume os sucessos acumulados em 25 anos de carreira.

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