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Campeonato Maranhense pode parar de novo

Segundo jogo da final do Maranhense foi transferido de Barra do Corda para Imperatriz. Cordino deve entrar no TJD pedindo para cancelar a mudança

Presidente da FMF, Antônio Américo. Foto: Karlos Geromy

A Federação Maranhense de Futebol já está preparada para uma nova batalha judicial envolvendo a final do Campeonato Maranhense. Com a mudança da partida decisiva de Barra do Corda para Imperatriz, a direção do Cordino deve entrar com pedido de liminar para manter o jogo em sua sede.

O presidente da FMF, Antônio Américo, antecipou a possibilidade em entrevista exclusiva para O Imparcial, mas justificou que há uma responsabilidade muito grande em descumprir uma norma baseada no Regulamento Geral das Competições da CBF.

“Eu fiquei sabendo que eles (Cordino) estão entrando com um mandado de garantia. Nós temos uma norma que estabelece que a final do campeonato seja realizada em um estádio de no mínimo de 2 mil pessoas para valorizar a competição”, explicou.

Segundo Américo, a Federação já havia informado a direção do Cordino da impossibilidade de manter o jogo no Estádio Leandrão desde a final do 1º turno realizada no dia 1º de abril. O prazo final terminou na última segunda-feira (12) exatamente 10 dias antes da realização da partida, por isso da confirmação do jogo para o Frei Epifânio D’Abadia em Imperatriz.

“Quando encerrou o 1º turno, nós mandamos um ofício para o Cordino dizendo que poderia ser realizada a partida caso houvesse uma arquibancada móvel de 1.400 lugares para somar com os 600 já existentes. Mandamos uma equipe que fez um laudo circunstanciado com tudo que deveria ser feito, e eles receberam, aceitaram e prometeram que iam fazer”, afirmou.

A iniciativa da FMF é para se resguardar de qualquer problema que por ventura ocorra caso a partida seja realizada em Barra do Corda.

“Tem uma responsabilidade estabelecida no Estatuto do Torcedor. E se existe essa norma com esse critério, eu tenho responsabilidade civil e penal se contrariar essa norma. Se acontecer algum tumulto e houver uma morte a responsabilidade é minha, porque eu tenho a capacidade de vetar mesmo liberado pelo Corpo de Bombeiros”, afirmou.

Américo aproveitou para rechaçar todas as acusações de que estaria beneficiando o Sampaio, explicando que os custos financeiros da FMF em ir para Imperatriz é muito maior que para Barra do Corda.

“Nada disso é para beneficiar o Sampaio. Se fosse para beneficiá-los, eu traria o jogo para São Luís que onde tem a maior parte da torcida deles. Eu não faço isso, exatamente porque vai beneficiar o Sampaio e eu não posso inverter o mando de campo”, explicou. “Para a

Federação se descolar para Imperatriz com sua diretoria, palco de premiação, material e gente para trabalhar estou gastando o triplo do valor que seria para ir para Barra do Corda. Então, eu quero fazer isso? Para beneficiar o Sampaio? Não quero beneficiar ninguém”.

Por fim, Antônio Américo explicou que a regra, que existe em praticamente todos os estaduais, é feita para incentivar os prefeitos e dirigentes de clubes a melhorar as condições dos estádios maranhenses.

“Se nós não formos duros nossos estádios nunca vão evoluir. Daqui a pouco o Araioses é finalista do Campeonato e o estádio lá tem capacidade para 400 pessoas e eu vou ser obrigado a liberar”.

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