Sem público

O reflexo das arquibancadas no Campeonato Maranhense

Americano e Imperatriz se enfrentaram na última quarta-feira (5) à tarde com a presença de poucas testemunhas. Turistas, aposentados e pais de atletas formaram a maior parte do público

Americano e Imperatriz no Nhozinho Santos. Fotos: Karlos Geroomy

Quando a tabela do Campeonato Maranhense apontava uma partida entre Americano e Imperatriz no Estádio Nhozinho Santos em uma quarta-feira à tarde a expectativa era de um número bem pequeno de torcedores. Seja por conta da conhecida falta de torcida do Americano, seja pelo jogo em pleno horário comercial. A chuva em São Luís ainda apareceu como mais um ingrediente afastador de público no estádio.

A falta de público é um reflexo dos campeonatos estaduais em todo Brasil, mas vem sendo acentuada no Maranhão nos últimos anos. Em 2017, a média de público da competição é de 869 pagantes, sendo a final entre Imperatriz e Cordino o melhor público da temporada com 2.819.

Mesmo assim, houve quem fosse apreciar um futebolzinho tranquilamente como é o caso do turista pernambucano Moacyr Fernandes. “Eu aproveitei a passagem para conferir o Campeonato Maranhense. Eu prefiro muito estar no campo assistindo e observando de perto. Ver o jogo com mais intensidade e sentir mais emoção”, afirmou.

Com 59 anos de idade, de passagem por São Luís vindo de Recife, Moacyr critica a organização da Federação Maranhense de Futebol. “Eu acho muito inconveniente. Tem muita gente trabalhando em um país em crise, logo é muito difícil você vir para um futebol em uma quarta-feira. Eu acho que é um equívoco a ser melhorado”, afirmou.

Por outro lado, o jogo contou com a presença de vários familiares de atletas das duas equipes. Romildo Cardoso é pai de um atleta do Americano e é frequentador assíduo das partidas do Campeonato Maranhense. “Eu sempre acompanho os jogos nos estádios, pois acho mais emocionante, mas vejo que a Federação priorizou apenas a tabela. Com certeza essa partida realizada nesse horário só vai afastar o torcedor, já temos poucos torcedores, imagine um jogo realizado nesse horário”, afirmou.

Assim como o Moacyr Fernandes, Romildo aproveitou para dar uma cutucada na Federação Maranhense com a marcação de jogos para horários alternativos.

“Esse horário diminui a expectativa em termos de retorno financeiro, principalmente para os clubes considerados pequenos. Eu vejo que a decisão do horário dessa partida é como se fosse só para cumprir uma tabela, sem retorno financeiro nenhum” completou.

Já o aposentado Zeca Violinha defende a realização de jogos de menor apelo em horários diferentes e mais cedo por acreditar que a chance de ter mais gente assistindo é maior.

“O segundo turno do campeonato está iniciando hoje, a Federação tem uma data certa e a CBF também tem data para começar e terminar, então é o jeito colocar os jogos aqui, realmente sou a favor dessa jogo e de outros com publico pequeno ser aqui mesmo”, defendeu.

Vale ressaltar que a Federação tem um prazo para realizar todo o Campeonato Maranhense e por conta do número de equipes da capital disputando a competição há uma necessidade de alocar vários jogos em São Luís, contando também com o problema de iluminação do Nhozinho Santos.

No fim das contas, o Imperatriz venceu o Americano por 1 a 0 com gol de Léo Paraíba, para tristeza de Romildo e seu filho, mas o número de pessoas que compareceram ao Nhozinho foi até maior do que o esperado. A FMF não divulgou o número de pagantes e presentes oficialmente.

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