Maranhão

Vacinação de gado contra raiva deixa de ser obrigatória

Portaria da Aged/MA retirou a obrigação por conta dos resultados positivos obtidos no combate a doença em herbívoros

Reprodução

Desde o dia 16 de janeiro, os produtores maranhenses não são mais obrigados a vacinar seu gado contra a raiva. A medida entrou em vigor após a publicação da Portaria Nº 006, de 10 de janeiro de 2017, da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged/MA), no Diário Oficial do Estado. A decisão foi tomada em virtude dos resultados positivos obtidos no combate à raiva dos herbívoros.

A vacinação anual de bovinos e bubalinos contra raiva era obrigatória em 43 municípios maranhenses desde a publicação das portarias nº 602/2015, de 10 de agosto de 2015, e nº 687/2015, de 2 de Setembro de 2015. Açailândia, Pinheiro e Zé Doca estavam entre os municípios onde as portarias vigoravam.

De acordo com a responsável pelo Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) na Aged/MA, Sonival de Santana, a medida tinha sido tomada devido à existência, nos municípios indicados, de abrigos de morcegos hematófagos, além de registros de ataques e óbitos de pessoas e animais e baixas comprovações de vacinação antirrábica, aliados aos fatores ambientais favoráveis para o desenvolvimento do morcego Desmodusrotundus, principal transmissor da doença.

Com a adoção da vacinação obrigatória, em pouco mais de um ano, o cenário melhorou. “Após um estudo epidemiológico das áreas de ocorrência de raiva no Maranhão, observamos a ausência de focos da doença nos últimos dois anos nos 43 municípios onde a vacinação era obrigatória. Além disso, conseguimos aumentar o índice de vacinações nessas áreas”, destaca Sonivalde Santana.

Segundo dados da Aged/MA, em 2016, foram contabilizadas 30 capturas de morcegos hematófagos, 25 ações de busca de agressões por morcegos e 2.617.036 vacinações. “Daqui para frente, trabalharemos na manutenção do monitoramento dos abrigos de morcegos hematófagos Desmodusrotundus, considerando os resultados positivos da vigilância epidemiológica implementada nas áreas endêmicas”, garante a veterinária.

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