Patrimônio

Reforma mantém aspecto histórico do Cintra

A estrutura da escola conta com uma área construída de 11 mil m², com 57 salas em funcionamento, teatro, auditório, biblioteca e banheiros

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A reforma na estrutura do prédio onde funciona o Centro Integrado do Rio Anil (Cintra), no bairro do Anil, em São Luís, está preservando aspectos históricos do imóvel, onde funcionou a Fábrica têxtil Rio Anil, no fim do século XIX e início do XX. O serviço é executado considerando detalhes como cores das tintas utilizadas, manutenção de paredes, telhado e estrutura metálica. A obra, que está sendo realizada pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), em parceria com Secretaria de Estado de Educação (Seduc), está dentro do prazo previsto e com 60% dos serviços concluídos.

A fábrica começou a funcionar em 1893 e decretou falência na década setenta. Ficou fechada até o início dos anos noventa, quando o prédio foi adaptado para receber o Cintra. Desde então, nunca havia passado por uma reforma estrutural, tendo recebido apenas manutenções. O Cintra é uma escola pública que atende cerca de seis mil alunos, a partir do 5º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do ensino Médio.

Para mudar esse cenário de abandono, o Governo do Estado iniciou a reforma em novembro do ano passado. “É gratificante ver o sorriso e a alegria dos estudantes, que, agora, com o programa de reforma das escolas, passam a contar com estruturas que estimulam a aprendizagem com comodidade, conforto e respeito à professores, alunos e quadro técnico garantindo mais oportunidade aos jovens”, frisou o secretário de Estado da Infraestrutura Clayton Noleto.

“Assim como o Cintra, o governador Flávio Dino está realizando intervenções em escolas distribuídas por todo o estado. É o maior investimento em infraestrutura na rede estadual de toda a história, para garantir um ambiente escolar digno, com todas as condições para o ensino a aprendizagem com qualidade”, ressaltou o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.

A estrutura da escola conta com uma área construída de 11 mil m², com 57 salas em funcionamento, teatro, auditório, biblioteca e banheiros. Com a reforma as instalações elétricas passaram por revisão e troca de fiação. Nas paredes de alvenaria foram recuperados os rebocos das áreas internas e externas do prédio seguido de nova pintura respeitando a cor original.

As paredes em pedraria, as passarelas e corrimão em madeira foram envernizados revitalizando o ambiente. Por ter sido inicialmente uma fábrica o prédio conta com uma grande extensão de estrutura metálica com ferragens que foram trazidas da Inglaterra que, também, foram revitalizadas com nova pintura para evitar a ferrugem. Os serviços continuam sendo realizados no refeitório, onde o piso está sendo trocado por um industrial que irá facilitar a higienização do ambiente. Em algumas paredes continuam também os serviços de pintura externa.

Há 25 anos lecionando na escola, Fernando Pereira relembra como conheceu a estrutura. “A escola era magnífica, tudo era novinho, tinha prazer mesmo de estar aqui, com o tempo foram relaxando, deixando as coisas se acabarem, causando toda essa situação que, hoje, é mais difícil para recuperar porque requer um investimento muito maior”. Ele acredita que a melhoria na estrutura física vai refletir no aprendizado. “A reforma vai proporcionar, para nós e para os alunos, melhores condições de aprendizado e de trabalho”.

As aulas no prédio central estão previstas para serem iniciadas na próxima segunda, 13. Os gestores do Cintra, Eva de Moraes Barros (geral), Sheila Brito (administrativo e financeiro) e Jeferson Portela (pedagógico) elaboraram, por meio da Semana Pedagógica, o projeto “Minha Escola, Meu Patrimônio”, com o objetivo de abrir um debate com estudantes envolvendo temas como preservação do ambiente escolar após a reforma. “A escola estava muito depredada, vandalizada, a parte de estrutura não só de sala de aula, como de espaços da escola estavam todos danificados, pichados. Estamos despertando no aluno, através da semana, o sentimento de pertencimento do espaço escolar, que é dele, então ele tem que ter cuidado”, destacou a gestora geral.

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