Hermes Castro lança primeiro disco da carreira

Cantor maranhense une ritmos populares às distorções de sintetizadores e cria sonoridade singular

Hermes
Mergulhado em um universo musical entre o popular, eletrônico e sintético, o cantor e compositor Hermes Castro lançou o primeiro disco de estúdio intitulado “Serenô” e trouxe bons ares à cena musical maranhense. No álbum, ritmos como tambor de crioula, maracatu e baião são reinventados com uma simplicidade grandiosa nos pequenos detalhes na sonoridade autentica de Hermes. O disco está disponível, gratuitamente, na plataforma de streaming musical Spotify.
São nove faixas que versam, principalmente, sobre memória afetiva. Também há espaço a homenagens a São Luís, cidade que acolhe o cantor desde a adolescência e onde criou laços de amizade que se perpetuaram em parcerias, como o produtor musical Adnon Soares e o compositor Marcos Lamy, que colaboraram em composições (Ao Nylon e Bonfim) e na concepção de “Serenô”. “Conseguimos fazer com que o CD trouxesse um pouco dos lugares por onde passei, dos artistas com quem cruzei e tive oportunidade de aprender e conviver”, revela o cantor em tom de gratidão.
Embora assine o projeto autoral, Hermes diz que a concepção do disco contou com o auxílio de Adnon (sintetizadores) e dos instrumentistas Sandoval Filho (bateria), Marlon Silva (baixo) e Marcos Lamy (percussão). A propósito, vale ressaltar que o time de músicos ao lado de Hermes movimenta a cena atual da música ludovicense. Soulvenir, Phill Veras, Boys Bad News, Nathalia Ferro e Ventura são alguns dos projetos que têm participação dos músicos.
O desenvolvimento do projeto surgiu da mente do compositor e tomou forma nas mãos do quarteto voraz que o acompanha. “Quando eu comecei a gravação do CD, eu não tinha todas as músicas. Tinha algumas músicas completas, trechos de músicas e alguns riffs, somente melodias sem letras. Em estúdio, nós desenvolvemos as músicas juntos, fazendo os arranjos de forma colaborativa”, conta.
Trajetória até a gravação de “Serenô”
No passado, Hermes formou, junto a Marcos Lamy e Phill Veras, a banda Nova Bossa que ainda hoje ecoa entre os fãs. O trio se apresentou em casas de shows da cidade e chegou a abrir shows de bandas conhecidas nacionalmente, como os pernambucanos da Mombojó e o cantor Marcelo Camelo (ex-Los Hermanos). Após a experiência na Nova Bossa, Hermes, já em carreira solo, lançou o primeiro EP da carreira pelo selo da Musicoteca, uma gravadora independente de São Paulo.
O EP “Hermes Castro”, com três faixas (cobertor”, “6 PM” e “10 anos de rato”) serviu de termômetro para o som de “Serenô”. No primeiro, Hermes e Adnon dividiam a execução e produção das faixas. No álbum de estúdio, a banda fez toda diferença nos sons que flertam com ritmos da cultura nordestina e distorções dos sintetizadores, dando autenticidade. “As produções do EP têm colorações sonoras e arranjos distintos um do outro; já o CD é mais uniforme, tem a mesma base de instrumentos e uma banda que acompanha em todas as faixas. É um trabalho mais consistente”.
No ínterim entre o EP e o CD, Hermes continuou ao lado do parceiro de longas datas, Marcos Lamy. Dessa vez, os dois se juntaram na banda Mingongos, resultado do disco “Eu Tô É Tu”, de Lamy. E foi ao lado desse grande amigo que Hermes conseguiu emplacar, em 2014, a composição “O Que Não É de Mim” na final do WebFestValda, maior festival de música independente do Brasil.
Com disco na praça, Hermes revela que está pronto para trabalhar na divulgação. Atualmente, morando em São Paulo para estudar produção musical, o cantor pretende retornar a São Luís ainda no primeiro semestre para se apresentar ao público. Até lá, “Serenô” segue disponível, gratuitamente, na plataforma de streaming musical Spotify.
 
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