Escândalo Fifa

Pressionado no comando, Del Nero já prepara sua sucessão na CBF e pode até renunciar

Presidente da CBF pode deixar mandato caso seja envolvido em alguma denúncia

Marco Polo Del Nero está pressionado na CBF

Pressionado no comando da CBF, Marco Polo Del Nero começa a preparar sua saída da CBF. Ele pode até anunciar sua renúncia na assembleia extraordinária que marcou para a próxima quinta-feira dia 11, no Rio de Janeiro. Para isso, costura um acordo para fazer o sucessor.

Oficialmente, a assembleia é para, entre outros itens, apresentar aos presidentes de federação a “reforma parcial do estatuto” da CBF. Uma das medidas seria limitar a uma reeleição o mandato do presidente, de quatro anos. Seria uma maneira de atender ao que diz a MP do Futebol. Mas se até lá estiver mais enfraquecido do que hoje, considera a hipótese de renunciar.
O problema, nesse caso, é que ele quer deixar no poder uma pessoa de sua confiança, o presidente da Federação Capixaba, Marcus Vicente. Só que, pelo estatuto atual, o sucessor seria Delfim Peixoto, da Federação Catarinense, por ser o mais velho dos vice-presidentes, depois que José Maria Marin foi afastado da entidade.
Peixoto, porém, nunca gozou da confiança de Del Nero e tornou-se desafeto ao condenar o abandono do atual presidente da CBF a Marin e por dizer que está pronto para assumir a presidência. O catarinense, aliás, entende que Marco Polo está tentando dar um golpe para evitar que ele assuma. “Essa história de mudança no estatuto é para me impedir de assumir, mas não ficarei em silêncio.”

De qualquer maneira, Del Nero ainda tenta sobreviver, embora saiba que se aparecer alguma denúncia que o envolve não vai conseguir resistir. Sua sustentação política está centrada nas federações, com quem já se reuniu na terça-feira.

Dos 27 Estados, recebeu apoio de 24 no encontro. Apenas três são opositores declarados: Francisco Novelleto, do Rio Grande do Sul Hélio Cury, do Paraná, e Delfim. De Berlim, onde se encontra para assistir à final da Copa dos Campeões, Novelleto declarou à reportagem que prefere não se manifestar sobre a permanência de Del Nero no comando da confederação.
A costura com os clubes é o outro grande desafio da CBF. Embora ainda tenha o apoio formal da maioria deles, vários dirigentes afirmam que é o momento de mudanças mais profundas. Fala-se até na criação de uma liga independente, que seria formada por clubes de Minas Gerais, Rio e Rio Grande do Sul.
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