Entrevista O Imparcial

Ivaldeci destaca planejamento da Expoema 2017

Em entrevista exclusiva a O Imparcial, Ivaldeci Rolim, presidente da Associação dos Criadores do Estado do Maranhão (Ascem) fala sobre o agronegócio maranhense

Reprodução

Ivaldeci Rolim de Mendonça Júnior, 46 anos, advogado há 23 anos com especialização em Agronegócio, em setembro de 2016 foi eleito em chapa única presidente da Associação dos Criadores do Estado do Maranhão (Ascem) para o biênio 2016-2018.
Ele concilia o exercício da advocacia com a função de criador. Proprietário da Fazenda Lago Azul, no município de Igarapé do Meio, Ivaldeci Mendonça possuía relações há 20 anos com a entidade antes de ser presidente da Ascem.
Impulsionado para o trabalho frente à Ascem, Mendonça pretende fortalecer a associação com prioridade às relações institucionais, união entre a classe e foco em gestão.
O presidente da Ascem, que nos últimos dias acompanhou a realização da Expoimp, em Imperatriz, concedeu entrevista a O Imparcial destacando a importância de as feiras agropecuárias do estado terem uma estrutura mais técnica, como a associação planeja para a 60ª Expoema que neste ano será realizada no Parque Independência, em São Luís, sob cessão do Governo do Estado.

Quais foram as suas primeiras ações à frente da entidade?

Eu tenho convicção absoluta que, para dirigir qualquer entidade de classe, você tem que tirar dentro dela interesses pessoais. Você tem que primar pelo interesse da classe, que no caso é o interesse dos criadores. Não se pode conduzir com interesses pessoais, ou seja, uma coisa é o que eu penso e o que eu quero, outra coisa o que é classe pensa e quer.
Então, esses interesses pessoais, principalmente interesses pessoais de natureza político-partidária, isso eu tirei de dentro da associação. O que temos que ter como presidente de entidade de classe são relações institucionais com o governo federal, estadual e municipal. É um tripé. O primeiro é extirpar interesses pessoais de natureza político-partidária. O segundo é pregar união. União entre a entidade e os criadores, a entidade e os sindicatos, a entidade e o governo. O terceiro fator é gestão. Por exemplo, assinamos o convênio do Pró-genética, isso é gestão. Vamos realizar a Expoema em São Luís do Maranhão, isso também é gestão.

Como funciona o programa Pró-genética?

O Pró-genética é um programa de democratização da genética. Ela sairá da fazenda dos grandes criadores e vai entrar na porteira dos pequenos e médios criadores. O Pró-genética do Maranhão, assim como em outros estados, ele foi assinado por várias entidades. Justamente porque é um programa da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e que para se viabilizar no estado precisou do apoio da Associação do Criadores do Maranhão, dos órgãos do Governo do Estado como Sagrima e Aged, da Federação de Agricultura do Estado do Maranhão (Faema) e de uma instituição financeira, que no caso do nosso convênio é o Banco do Brasil.

A 60ª Expoema não foi realizada no ano passado. Como estão os preparativos para este ano?

Este ano, nós iremos realizar a 60ª Expoema e nós queremos fazer uma festa grande e organizada. O período de sua realização será ou a última semana de outubro ou a primeira de novembro para termos tempo de organizar e fazer uma edição histórica da Expoema justamente pelos 60 anos.

Essa edição para além das atrações artísticas vai priorizar a parte técnica da exposição?

As feiras agropecuárias a nível nacional, elas hoje têm uma feição técnica. O que interessa na feira agropecuária é que os criadores interajam em busca de conhecimento por meio de cursos, minicursos e palestras. O criador é sedento por informação. Então, a gente tem que ter conhecimento para aplicá-lo nas nossas fazendas. Tipo como melhorar uma pastagem? Qual a melhor pastagem para cada região? Como produzir mais carne? Como produzir mais bois? Como produzir mais e melhor? Isso a gente adquire através do conhecimento e do uso de tecnologia. As exposições para se manterem precisam ter isso. É um caminho sem volta.

Então, nós podemos esperar uma Expoema diferente das edições dos últimos anos?

É justamente isso, é essa formação nova. Vamos investir muito na área do conhecimento e na área da comercialização, que são dois lados da moeda muito importantes. O conhecimento através dos cursos, minicursos e palestras não só para os fazendeiros, mas também para os empregados de fazenda, que são os cursos técnicos. Outra coisa é a comercialização. Nós temos que fomentar a comercialização porque a Expoema é uma vitrine do nosso trabalho. Então, a Expoema tem que ter conhecimento e comercialização.

Já é possível adiantar um pouco da Expoema como a estrutura de estandes e atrações?

Não, porque a decisão de que a Expoema seria em São Luís foi dada na semana passada. Então, vamos começar do zero, mas podemos assegurar que a exposição será voltada para o agronegócio porque isso é importante para os patrocinadores, para os fornecedores, para os bancos oficiais e, principalmente, para os criadores. Todos estarão lá.

Com esse foco, o que a Ascem projeta como resultado para a Expoema este ano?

Esperamos primeiro que os criadores prestigiem. Que a população prestigie, também, afinal de contas terá a parte de shows porque a gente tem que agraciar a população com o evento. Não podemos fazer uma coisa só técnica. Acreditamos que a Expoema trará bons resultados a todos.

O que o senhor espera trazer da sua gestão para a Associação e para o estado?

Priorizar a entidade acima de interesses políticos-partidários e pregar união e gestão. Unir tudo em torno do agronegócio maranhense. O que eu busco é desenvolver e fomentar o agronegócio maranhense para trazer competitividade ao estado do Maranhão.

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