MERCADO

Operadoras perdem cada vez mais espaço para os aplicativos

Na guerra pelo mercado, o aplicativo WhatsApp vem incomodando muitas operadoras, que perderam ligações por mensagens

Aplicativo
As operadoras de telefonia não tiveram culpa pelo bloqueio do WhatsApp no país, mas usaram a decisão judicial em causa própria na disputa que elas travam contra o aplicativo. Logo após o recebimento da notificação que determinava o bloqueio, o Sinditelebrasil, associação que representa o setor, divulgou um comunicado no qual dizia que as teles tinham decidido cumprir a decisão judicial.
Em fevereiro, a Justiça no Piauí também havia exigido o bloqueio do aplicativo, mas, naquele momento, as teles recorreram imediatamente e individualmente. Desta vez, a Oi foi a única a admitir publicamente que tinha recorrido para que não houvesse o bloqueio do WhatsApp. A empresa não concorda em punir terceiros por problemas com a Justiça, além de prejudicar seus clientes que usam o aplicativo.
Do lado oposto, ficou a Vivo, controlada pela espanhola Telefónica. A operadora não cogitou contestar o pedido judicial. A empresa trava uma guerra com os aplicativos. A matriz da operadora já deixou claro o interesse em investir nesse ramo de negócio para competir com o WhatsApp e outros aplicativos do gênero.
Parcerias
TIM e Claro têm parcerias com o WhatsApp, que pode ser usado pelos clientes sem custos adicionais dependendo dos planos de cada um. Ambas as operadoras disseram ter cogitado entrar com recurso na Justiça contra o bloqueio, mas, na prática, esperaram que isso acontecesse pelas mãos de terceiros. São amigáveis com os aplicativos, mas também têm pontos de atrito.
A surpresa nesse episódio partiu de José Félix, presidente no Brasil da América Móvil, que controla a Claro, em entrevista ao “Teletime”. Embora o executivo tenha achado o pedido de bloqueio um “exagero”, Félix disse ao informativo especializado que o WhatsApp estaria deliberadamente buscando outras “portas de acesso” para furar o bloqueio, uma estratégia que, segundo o executivo, “é típico de sites criminosos, de pirataria, pedofilia”.
Em agosto, o presidente da Vivo, Amos Genish, também chamou o aplicativo de “pirata” por motivos diferentes. No setor, a declaração de Félix fez ressurgir os rumores de que a America Móvil e a Telefónica estariam avançando em uma parceria para criar uma grande empresa de aplicativos capaz de fazer frente ao WhatsApp.
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