Aos 39 anos, o técnico Rafael Guanaes já está vivendo o dia a dia do Sampaio Corrêa. O treinador desembarcou em São Luís neste domingo e nesta terça-feira (09) concedeu a primeira entrevista como comandante técnico da Bolívia Querida. O Imparcial traz, em primeira mão, as palavras iniciais do paulista como novo técnico do Tubarão.

Ex-treinador do time sub-20 do Athlético-PR, Guanaes terá um calendário com quatro competições à frente do Sampaio: Maranhense, Copa do Brasil, Copa do Nordeste e Série B do Brasileiro. Ele disse que a vasta agenda de competições e o desempenho da equipe no último Campeonato Brasileiro pesaram para o acerto com o tricolor maranhense

“(O que me motivou foi o) desafio de construir, de olhar para trás e acreditar naquilo que vem sendo construído aqui no Sampaio Corrêa, o resultado da última temporada principalmente. A forma como a equipe gosta de jogar para frente e o futebol profissional, com quatro competições. Então, é um desafio muito grande e estou muito satisfeito com aquilo que encontrei nesse primeiro momento”, disse o técnico.

O treinador chega ao Sampaio acompanhado dos auxiliares Rafael Saverio Gatti e Rainer Costa de Oliveira. A estreia de Guanaes à frente do Tubarão será no dia 20, contra o Bacabal, pelo Campeonato Maranhense.

• Confira outros trechos da entrevista de Rafael Guanaes:

Montagem do elenco
“O presidente Sérgio Frota sempre fala que a construção da equipe será realizada por algumas mãos. Então, é uma construção coletiva e isso também é muito importante, não será a equipe do treinador e sim do Sampaio Corrêa. Teremos um trabalho de muitos olhos e muito estudo também. A gente tem estudado não só jogadores do Athlético, mas do futebol brasileiro de uma forma geral, mercado sul-americano também. Tudo que a gente poderá ter alcance, dentro daquilo que são as nossas condições, para que a nossa equipe seja competitiva ao longo do ano”

Quantitativo de atletas para o grupo
“Isso é muito circunstancial, então a gente pode variar esse número entre 25, 27 ou 28 jogadores. Vai depender das condições, das negociações e também daquilo que a gente vai conseguir identificar de versatilidade do elenco. Queremos uma média (de idade) relativa, que mescle juventude e experiência. Então, isso vai variar entre os 26 e 28 anos, podendo ser um pouquinho mais ou menos, sem preconceito nenhum. Muitos jogadores com 30 anos ou mais têm muita ‘lenha para queimar’, temos jogadores aqui que são extremamente profissionais”

Perfil como treinador
“Sou bem ativo no dia a dia, muito participativo na construção da equipe e na necessidade indivudual dos jogadores. Ao mesmo tempo, procuro ler o que é o jogo, entender o jogo e contribuir com atletas. Às vezes faço isso de uma forma mais forte, às vezes numa conversa individual, sempre procurando identificar o perfil da equipe e o perfil individual, para saber o que será necessário para cada situação”

Postura tática desejada
“É importante a equipe saber se defender em blocos, quando tiver a bola também saber o que fazer para chegar ao gol. Sempre que a gente tiver a bola estaremos visando ao gol. Quando a gente estiver se defendendo, vamos tentar evitar o gol e ao mesmo tirar proveito de uma agressividade defensiva que possa nos levar ao gol. É importante que a gente seja uma equipe equilibrada e que saiba fazer aquilo que o jogo pedir”

Pouco tempo para estreia
“Com certeza temos uma espinha (base), mas é um novo trabalho. Tem jogadores que já são conhecidos da torcida, que nós acompanhamos com o trabalho no ano anterior, porém em uma nova construção. Dez dias é o tempo que a gente tem disponível e vamos procurar fazer o melhor que a gente puder, para que a gente possa fazer uma boa estreia e construir para os jogos. Mas, ao mesmo tempo, vamos respeitar o processo, que leva tempo”.