OS ESQUECIDOS

Conheça os jogadores excluídos de Copas do Mundo

Romário, Edmundo, Neto, Alex e o maranhense Canhoteiro são exemplos de jogadores brasileiros que viviam grande fase, mas ficaram de fora dos mundiais de futebol

Abertura da Copa do Mundo 1950. (Foto: Reprodução)

Em maio deste ano, Tite divulgará a lista final com os convocados para a Copa de 2018. Certamente alguns nomes que ficarão de fora serão questionados. Será que algum jogador aclamado pela torcida brasileira ficará de fora? Confira alguns ‘esquecidos’ de outros Mundiais.

O maranhense Canhoteiro

foto: Reprodução

O ponta-esquerda maranhense Canhoteiro brilhava com seus dribles pelo São Paulo e era aclamado pela torcida para a Copa de 58. Porém, o técnico Feola preferiu levar Zagallo e Pepe, justificando que o atleta ‘saia demais nas noites paulistanas.

O jogador, um driblador fenomenal (tanto que era conhecido como ´Mandrake´, ´Mágico´, ´One Man Show´, entre outros nomes), era garantia de espetáculo numa época em que o Tricolor, às voltas com a construção do Morumbi, mandava a campo equipes compostas por jogadores de baixo nível técnico, onde só se salvavam Canhoteiro e Zizinho, já veterano, mas ainda jogando bem.

Elogiado até os dias atuais por Pelé, como melhor ponta-esquerda que o Rei viu jogar, o maranhense,. Segundo o premiado jornalista Renato Pompeu,“Canhoteiro era driblador insuperável, um Garrincha que driblava para os dois lados e que ao pegar na bola posicionava o corpo de tal forma que o marcador nunca sabia para qual lado ia sair. Matava a bola com o bico da chuteira, jogada que só Pelé também sabia fazer. Fora do campo, era capaz de fazer embaixadas com moedas e fazê-las pousar com a cara ou a coroa virada para cima, no pé esquerdo ou direito, conforme o gosto do freguês”, sintetizou.

José Ribamar de Oliveira (Canhoteiro), nasceu em Coroatá-MA, a 24 de setembro de 1932, e morreu em São Paulo no dia 16 de agosto de 1974.

Friedenreich

Com a briga entre as federações de Rio e São Paulo, Friedenreich, o primeiro grande craque brasileiro, acabou não disputando a primeira Copa do Mundo, de 1930. Feitiço, outro craque brasileiro dos anos 20 e 30, também foi prejudicado pelas brigas entre federações e não disputou a Copa de 1930 no Uruguai.

Dirceu Lopes

Dirceu Lopes brilhava no Cruzeiro e era frequentemente chamado para a Seleção que se preparava para a Copa de 70. Porém, foi mais um que não foi chamado após a entrada de Zagallo no comando. Após ser o melhor jogador do Brasil em 71 e 72, novamente foi excluído pelo Velho Lobo e ficou apenas na lista de espera para o Mundial de 1974

Outro que, mesmo com apenas 21 anos, Zico já era um dos melhores do país em 1974. Zagallo, no entanto, ignorou a boa fase do Galinho e não o levou ao Mundial daquele ano.

Falcão

O craque Falcão brilhava pelo Inter no final do anos 70 e era aclamado por todo o Brasil. Ainda assim, o técnico Claudio Coutinho o deixou de fora da Copa de 78 para levar Chicão.

Após disputar três Copas do Mundo, duas como titular do Brasil, o goleiro Leão vivia grande momento em 1982. Porém, não se dava muito bem com o técnico Telê Santana e ficou de fora da Copa na Espanha.

Renato Gaúcho

O indisciplinado atacante Renato Gaúcho fugiu da concentração para ir a uma festa às vésperas da Copa de 1986 e foi cortado por Telê Santana da lista final. O meia Neto vivia sua melhor fase na carreira em 1990, pelo Corinthians. Aclamado por torcida e imprensa, não foi chamado por Lazaroni para a Copa do Mundo na Itália

Edmundo e Evair

Edmundo vivia grande fase no Palmeiras no início dos anos 90 e foi chamado por Parreira para a Copa América de 1993. Porém, na hora da convocação para o Mundial de 1994, o técnico temeu por seu temperamento explosivo e chamou o regular Paulo Sérgio.

Evair era outro que brilhava pelo Palmeiras nos anos 90. Sempre chamado por Parreira para a Seleção, acabou sendo preterido pelo técnico, que preferiu Viola e Paulo Sérgio

Romário 1998

Romário teve dois motivos para chorar. Primeiro, em 1998, quando foi cortado por lesão da Copa na França. Ainda durante a disputa do Mundial, o Baixinho se mostrou recuperado atuando pelo Flamengo. Quatro anos depois, voltou a se emocionar em coletiva pouco antes da Copa de 2002. O craque era pedido por toda a torcida brasileira, mas não comoveu Felipão.

Djalminha

Djalminha brilhava pelo La Coruña e era frequentemente chamado por Zagallo antes da Copa de 98. No fim, ficou de fora da lista. Para o Mundial de 2002, era nome certo de Felipão, mas deu uma cabeçada em seu treinador na Espanha, que fez Scolari mudar de ideia e deixar o habilidoso meia sem nenhuma Copa em seu currículo.

Mauro Galvão

A defesa brasileira era um dos pontos fracos para a Copa de 98. Mauro Galvão era um dos melhores zagueiros do país, mas Zagallo disse que ele estava velho demais para o Mundial. Márcio Santos foi outro zagueiro injustiçado em 1998. Convocado por Zagallo, ele foi cortado pelo médico da Seleção, Lídio Toledo, por lesão, apesar de o técnico querer sua permanência. Antes mesmo do início da Copa de 98, já estava jogando novamente pelo São Paulo.

Juninho

Juninho era titular da Seleção na preparação para a Copa de 98, mas sofreu uma entrada criminosa de Michel Salgado que o tirou dos gramados por mais de seis meses. O meia, porém, retornou a tempo de disputar a Copa, mas não foi chamado por Zagallo.

Muller foi mais um taxado de velho por Zagallo. Com três Copas no currículo em 1998, o atacante brilhava no Cruzeiro mas, aos 32 anos, não foi convocado para o Mundial da França, preterido por Bebeto, dois anos mais velho.

Alex

Alex poderia ter até três Copas disputadas. Não foi a nenhuma. Em 2002, foi deixado de lado pelo ‘amigo’ Felipão. Em 2006, sua fase era ainda melhor, mas não suficiente para convencer Parreira a levá-lo ao Mundial da Alemanha. Em 2010, já mais veterano, mas ainda brilhando na Europa pelo Fenerbahçe, não chamou a atenção de Dunga e imprensa para a Copa, ficou apenas na lista de espera do técnico Dunga para o Mundial.

Leônidas da Silva

Então com 36 anos, mas ainda em grande forma no São Paulo, o craque Leônidas da Silva não foi convocado para a Copa de 1950 por conta de sua avançada idade, segundo o técnico Flávio Costa. Outro craque, o atacante Zizinho, poderia ter disputado mais que somente a Copa de 50. Porém, o craque se desentendeu com a comissão técnica da Seleção no Sul-Americano de 1953 e nunca mais foi convocado, perdendo os Mundiais de 54 e 58.

Evaristo

Idolatrado e artilheiro na Espanha, o goleador Evaristo de Macedo teve poucas chances na Seleção, apesar de marcar oito gols em 14 jogos, e não foi chamado para as Copas de 58 e 62.

Djalma Dias também foi um dos grandes nomes do Palmeiras nos anos 60. O zagueiro, no entanto, ficou de fora da Copa de 66. Quatro anos depois, após ser titular da Seleção nas Eliminatórias para o Mundial de 1970, foi descartado do time que foi ao México após a chegada de Zagallo ao comando da equipe nacional.

Domingos Guia

Domingos da Guia, um dos maiores zagueiros da história brasileira, ficou de fora da Copa de 1938, já que a Confederação Brasileira não quis pagar seguro exigido pelo Nacional-URU. Outro craque,Heleno de Freitas ainda vivia seu auge, mas o forte temperamento e seu gosto pelas noites o tiraram da Copa de 1950 no Brasil.

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