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Festival Encantarias faz junção da música eletrônica e música contemporânea com a cultura popular do Maranhão

O festival acontece em formato semipresencial, no Reocupa, Praia Grande, dia 17 de novembro

Foto: Divulgação

O show Encantarias foi criado pelo percussionista e produtor Luiz Claudio, com o objetivo de mostrar as infinitas possibilidades de diálogos entre as tradições populares maranhenses com ritmos da região norte do Brasil, África e Caribe. A partir dessa fórmula, a produtora Partido Cultural, coordenada por Italo Beludi, Fernando Santos e Juliana Matos, ressignificou o show e criou o Festival Encantarias, acrescentando a música eletrônica neste caldeirão musical. A proposta é linkar a ancestralidade presente nos ritmos maranhense com a cena eletrônica da São Luís contemporânea.

O festival acontece em formato semipresencial, no Reocupa, Praia Grande, dia 17 de novembro, às 20h – restrito para um público de até 80 pessoas. O acesso, será mediante a doação de um livro infantil para o projeto Biblioteca do Caranguejo, localizado na Praia de Mangue Seco, e apoiado pelo Reocupa.

O resultado final do projeto poderá ser conferido a partir do dia 26 de novembro, às 19h, no canal do youtube Festival Encantarias. A produção artística é da Zabumba Records Produções. O festival, selecionado no edital de fomento a projetos culturais, da segunda fase da Lei Aldir Blanc Maranhão, busca fortalecer os movimentos negro, LGBTQIA+ e feminino por meio das tradições musicais, além de estimular o empoderamento de movimentos marginalizados, inserindo-os em um contexto de afirmação por meio da arte.

Na programação, shows com onze artistas, sendo três Dj’s, seis intérpretes e dois músicos. São seis canções e seis músicas remixadas. No palco, arranjos próprios feitos para o projeto pelos músicos Luiz Claudio e Diogo Nazareth, ganharão interpretações originais. As demais músicas serão remixadas e produzidas pelos DJ’s.

O Jornalista e Dj Pedro Sobrinho, conduz a festa, apresentando os artistas. Pedro, que transita nos dois universos musicais do festival e traz na bagagem uma ampla experiência e profundo conhecimento do universo musical maranhense, é referência quando se fala em música no Maranhão.

Com direção musical do percussionista e produtor Luiz Claudio e produção musical do produtor e compositor Fernando Santos, o Encantarias passeia por músicas maranhenses de domínio público, como forma de demonstrar a relevância das tradições culturais e rítmicas influenciadas pela cultural afro-brasileira. No repertório, entre outras, composições de Mestre Felipe e Mestre Zió, além de duas músicas de autoria de Luiz Claudio.

“A ideia surgiu da necessidade que sentimos, de criar um cenário onde os jovens pudessem, por meio da música eletrônica, voltar às suas raízes, e fortalecer os movimentos de preservação cultural, no intuito de inserir a cultura popular no dia a dia musical da juventude ludovicense”. Diz Fernando Santos.

Com duração de duas horas, o Encantarias traz como marca maior, o fomento à diversidade musical, a preocupação com a ocupação democrática dos meios musicais da ilha e com a integração das novas gerações no universo da cultura popular maranhense.

“A formação cultural do Maranhão reflete muito os elementos da expressão de matriz africa que originaram uma pluralidade musical, rítmica e religiosa, ora expressadas por um movimento lúdico, ora pelo religioso, pela fé. Essa manutenção através da música consagra o que há de mais belo: a nossa cara, nossa identidade. Por isso é importante inserir os jovens, trazendo elementos da mú- sica eletrônica para os familiarizar, e assim criar mais interesse sobre a cultura tradicional”. afirma Luiz.

As outras atrações da noite são: os Dj’s Brunoso, Omar da Ilha e Rômulo Viana (Suefleids) , as cantoras Regiane Araujo, Dicy, Pâmela Maranhão, Núbia, Lara Ribeiro, o cantor Marcos Magah, além dos instrumentistas Diogo Nazareth e Luiz Claudio.

Como desdobramento do projeto, será lançado um disco duplo com 12 faixas com músicas gravadas no festival. O disco sairá pelo selo Vento Norte, braço da gravadora Zabumba Records, voltado para a cena contemporânea e outras vertentes da música produzida no Maranhão.

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