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Séries brasileiras garantem espaço no mercado da tevê por assinatura

A determinação da lei que incentiva produções nacionais tem quase quatro anos e obrigada que os canais exibam mais conteúdo nacional

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Desde que a Lei nº 12.485, mais conhecida como Lei da TV Paga, foi sancionada em setembro de 2011, as produções nacionais ganharam mais espaço na televisão fechada. A determinação obriga que os canais da tevê por assinatura exibam três horas e meia por semana de conteúdo nacional. Ao todo, isso cria 1.070 horas anuais de produções brasileiras inéditas e independentes, segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Muita coisa mudou nesses quase quatro anos aumentando o número de produções brasileiras no ar na tevê paga. Os canais, em parceria com produtoras de audiovisual, começaram a produzir materiais para suprir essa demanda. “É uma indústria que está se desenvolvendo rapidamente e que, apesar de ter sido uma grande dúvida no início de sua implantação, está comprovadamente sendo eficaz. Temos uma quantidade grande de novos players e as produtoras consagradas mergulharam nessa nova oportunidade”, afirma Gil Ribeiro, diretor-presidente da Conspiração, que atualmente está envolvida na coprodução da série Magnífica 70, que estreou ontem na HBO.
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A HBO foi um dos primeiros canais da tevê fechada a produzir ficção brasileira. A primeira série a ir ao ar na emissora foi Mandrake, de 2005 a 2007, com direção de Cláudio Torres, que retorna para uma nova parceria na direção de Magnífica 70, uma produção sobre o universo do cinema da Boca do Lixo e a censura no anos 1970 no Brasil. “Dez anos depois, temos uma produção que é muito maior. Observamos um crescimento muito grande no universo da indústria televisiva. Cada um tem produzido e feito sua estrutura. No nosso caso, encontramos esse caminho com a Conspiração e a A2”, explica Maria Angela de Jesus, da HBO Latin America Originals.
Desafios da produção
Apesar do crescimento da indústria televisiva brasileira, ainda existem diversos desafios que atrapalham a produção nacional. A falta de recursos , a burocraria e o pouco espaço são apontados pelos especialistas como os principais problemas na produtividade brasileira.
“Acho que o momento é interessante, com muitas produções sendo financiadas, porém, o importante é que elas tenham valor de mercado e encontrem seu lugar. É bom financiar projetos de tevê, o que é difícil é que é muita produção para pouco canal de exibição”, analisa Rodrigo Teixeira, da RT Features, que está por trás de O Hipnotizador, nova série da HBO, que estreia em agosto no canal.
No ar
» Magnífica 70: Domingo, às 21h, na HBO.
» As canalhas: Terça-feira, às 22h30, no GNT.
» Vizinhos: Terça-feira, às 23h, no GNT.
» Questão de família: Quarta-feira, às 22h30, no GNT.
» Amor Veríssimo: Quarta-feira, às 23h, no GNT.
» O infiltrado: Sábado, às 18h15, no Universal Channel.
O que vem por aí
» DNA Brasil África: A série documental investiga a importância dos africanos na construção do Brasil. Sem previsão de estreia.
» Narcos: A nova série do serviço de streaming Netflix não é uma produção brasileira, mas contará com direção de José Padilha, será estrelada por Wagner Moura e retratará a vida do traficante Pablo Escobar.
» O Hiptonizador: A primeira temporada da série está prevista para chegar à tevê em agosto, na HBO. É uma adaptação da HQ El Hipnotizador.
» PSI: A segunda temporada está em fase de gravação e deve estrear em novembro na HBO. O seriado mostra a rotina do psicanalista, psicólogo e psiquiatra Carlo Antonini (Emilio de Mello).
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