MEMÓRIAS

“Contei tudo”, diz Dado Villa-Lobos sobre livro do Legião Urbana

Dado Villa-Lobos revela os motivos que o levaram a escrever Memórias de um legionário, no qual recorda a trajetória da Legião Urbana

Vila

Desde o término da Legião Urbana, em 1996, Dado Villa-Lobos percebeu um interesse do público em conhecer os detalhes da trajetória do maior grupo de rock nacional. Por anos, a ideia não chegou ao papel. “Eu pensava no tempo, no desgaste que seria rememorar cada episódio, cada encontro”, conta o guitarrista da Legião Urbana, nesta entrevista exclusiva ao Correio.

O livro começou a tomar a forma de maneira inusitada. “Estava jogando bola, ao lado do meu estúdio, e um fã da banda, de rock brasileiro, comentou que eu deveria escrever minhas memórias”, recorda.
Eis que o historiador Felipe Demier, o fã em questão, não somente sugeriu a obra, como facilitou todo o processo. “O cara é um jovem trotskista e comentou que o pai tinha uma editora. Disse que gravaríamos as conversas, uma outra pessoa transcreveria e, aos poucos, montaríamos os capítulos. Acabou saindo”, destaca Dado.
Em Memórias de um legionário, o integrante da Legião Urbana remonta os 14 anos em atividade ao lado de Renato Russo, Marcelo Bonfá e Renato Rocha, o Negrete. Aproveita ainda para traçar um perfil autobiográfico e diz não ter deixado nada de fora: “Tudo que eu tinha que contar, eu contei. Tudo que me pareceu interessante, pelo menos”. Brasília, palco principal dessa jornada, recebe Dado no próximo dia 22 para o lançamento oficial da obra.
Por que deveríamos ler o livro?
É a primeira vez que um cara de dentro da banda conta a história do grupo. Quando a fonte vem de uma voz interna, de um cara que formou esse grupo, acho que há algo de válido. Vi como tudo aconteceu, de Brasília até o fim. Tudo que rolou em volta e a cada disco. Sou eu gravitando entre a Legião e as minhas próprias descobertas. Uma narrativa em primeira pessoa, começando lá na infância, redescobrindo eventos e momentos que me foram tão importantes.
Pode nos dar um exemplo?
Quando eu nasci, em Bruxelas, um jovem pianista de 19 anos frequentava a minha casa. Ele estava lá para prestar um concurso de piano. Minha mãe tirou ele da casa de uma velhinha e o trouxe para nossa família, para que ele pudesse ensaiar com mais calma. Esse jovem era o Nelson Freire.
Memórias de um legionário
De Dado Villa-Lobos, em parceria com Felipe Demier e Romulo Mattos.
Editora Mauad X. Páginas: 256. Preço médio: R$ 50. 
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