BASTIDORES

O cangaço de Ciro

Como a política é um território sem fronteira, sem dono, sem inquilino, o ano de 2019 já aponta uma batalha barulhenta entre pré-candidatos que procuram demarcar espaço para as eleições de 2020 e 2022. Na disputa, por exemplo, da Prefeitura de São Luís já se apresentam pelo menos uns 10 pré-candidatos, cada qual usando a […]

Como a política é um território sem fronteira, sem dono, sem inquilino, o ano de 2019 já aponta uma batalha barulhenta entre pré-candidatos que procuram demarcar espaço para as eleições de 2020 e 2022. Na disputa, por exemplo, da Prefeitura de São Luís já se apresentam pelo menos uns 10 pré-candidatos, cada qual usando a munição disponível, olhando sempre para o pleito seguinte quando estarão em jogo os cargos de governador do Maranhão e presidente da República.

Hoje, com o país dividido ideologicamente entre esquerda, que governou até 2013, e a direita que a golpeou e depois ganhou no voto em 2018, o cenário é tomado por uma completa angústia coletiva tanto no contexto nacional, quanto no estadual. Como as eleições municipais de 2020 são dominadas por uma engrenagem local, elas não interferem com tanto poder determinante nas disputas estadual e nacional em 2022. Neste contexto, a sucessão de Flávio Dino e de Jair Bolsonaro já levanta discussões tensas e confrontos, principalmente no segmento esquerdista da política nacional.

Enquanto o governador Flávio Dino procura ampliar sua participação no debate nacional sobre a sucessão de Jair Bolsonaro, como forte alternativa à esquerda do extremismo direitista que domina a política oficial do Planalto, ele vira alvo preferencial. Tanto de dentro do bolsonarismo, quanto de fragmentos de oposição, sustentados, de forma enviesada, pelo cearense Ciro Gomes. De bacamarte em punho, ele atira a esmo em várias direções, bem diferente do cangaço nordestino do passado. Ataca duramente o petismo e o ex-presidente Lula preso em Curitiba e vira sua metralhadora verbal contra o governador Flávio Dino, que tem encontro no dia 6, com Lula. Ciro se prepara para novo embate na sucessão presidencial, mas não define em que terreno vai sustentar a luta. Não é de direita, mas poupou Bolsonaro até os 100 dias de governo. Não se familiariza com o Centrão, que domina a política no Congresso, e demoniza a esquerda, seja ela fincada no petismo de Lula, no “comunismo” de Flávio Dino ou nas demais vertentes vermelhas.

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