Quanto custou seu voto nas últimas eleições

O ano eleitoral já começou e os partidos e pré-candidatos ainda estão atônitos por um motivo especial. Como fazer campanha sem dinheiro de empresas, influenciando e tocando firme na “sensibilidade” do eleitor? A batalha pelo voto no ano passado durou quatro meses, de julho a outubro. Este ano é apenas a metade. No período, os […]

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O ano eleitoral já começou e os partidos e pré-candidatos ainda estão atônitos por um motivo especial. Como fazer campanha sem dinheiro de empresas, influenciando e tocando firme na “sensibilidade” do eleitor? A batalha pelo voto no ano passado durou quatro meses, de julho a outubro. Este ano é apenas a metade. No período, os candidatos vão pedir votos nas ruas, criar spots e programas eleitorais de rádio e TV, além de distribuírem material impresso. Envolve uma fortuna.

Gastança
Os cálculos sobre essa gastança, segundo o TSE, mostraram que a eleição de 2012 foi a mais cara da história: R$ 4 bilhões usados por 419.900 candidatos a vereador e 15.100 a prefeito. Naquele ano, a então presidente da Corte eleitoral, ministra Cármen Lúcia, disse que o custo do pleito, no âmbito operacional, foi o menor, desde a implantação da urna eletrônica em 1996. Gastou-se R$ 395,2 milhões, o equivalente a R$ 2,81 por eleitor. Na eleição municipal de 2008, o voto por eleitor custou R$ 3,75, e na presidencial de 2010, R$ 3,86. Já em 2016 é outra história.

TV
O tempo da campanha caiu pela metade. O de programa de TV, também. Vereador só terá direito a inserções e nada mais. As empresas estão livres de gastar os R$ 4 bilhões de 2012 e os candidatos não terão o mandato comprado com essa dinheirama. A expectativa é de que os custos do voto neste ano de crise ficarão uma pechincha. Até o TSE vai gastar menos, pois terá que recuperar centenas de milhares de urnas, ao invés de comprar novas.

Conquistar sem dinheiro
Portanto, se sairá melhor quem souber conquistar o eleitor sem abrir a carteira. Em 2012, por exemplo, o candidato que mais gatou no país foi José Serra (PSDB), candidato em São Paulo, com R$ 84,5 milhões, e perdeu para Fernando Haddad (PT), com R$ 65,9 milhões. No mesmo pleito, em São Luís, no primeiro turno, os oito candidatos à prefeitura gastaram juntos R$ 12 milhões.

Campeão
O campeão foi o tucano João Castelo, então prefeito, que torrou R$ 4.697 milhões e perdeu no segundo tempo para Edivaldo Jr. Isso mostra que nem sempre o dinheiro é o pai de criação dos votos. O segundo que mais gastou em São Luís foi o petista Washington Oliveira, com R$ 4,421 milhões. Já Edivaldo Jr., que ganhou de Castelo, gastou nos dois turnos R$ 2,164 milhões. Ele ganhou com 36% dos votos, e Castelo ficou com 30%. Já os R$ 4,4 milhões de Washington Oliveira renderam escassos 11% dos votos. Uma sova de urna!

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