Outro caminho

Desde 12 de maio, quando a presidente Dilma Rousseff foi afastada por 180 dias da Presidência e o vice Michel Temer assumiu até o Senado concluir o impeachment, correm soltas as mais diferentes versões sobre o desfecho do processo chamado de golpe. O desfecho se dará no Tribunal Superior Eleitoral, onde corre o pedido de […]

Desde 12 de maio, quando a presidente Dilma Rousseff foi afastada por 180 dias da Presidência e o vice Michel Temer assumiu até o Senado concluir o impeachment, correm soltas as mais diferentes versões sobre o desfecho do processo chamado de golpe. O desfecho se dará no Tribunal Superior Eleitoral, onde corre o pedido de cassação,formulada pelo PSDB, da chapa Dilma/Temer. Ontem, o relator do caso no TSE, ministro Herman Benjamim, deu um passo largo para apressar o julgamento na Corte.

Benjamim disse que não haverá investigação de gráficas subcontratadas para produção de material de campanha em 2014,  centro do processo que pode cassar a chapa Dilma-Temer . O relator alegou que isso faria o caso tender “ao infinito”. Na semana passada, a defesa de Dilma questionou a perícia realizada pela Polícia Federal nas gráficas VTPB, Rede Seg e Focal. Ela pediu outras complementares e a investigação também de gráficas subcontratadas, de modo a confirmar os serviços prestados.

Em dezembro de 2014, as contas da campanha da chapa foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no TSE. Mas o PSDB de Aécio Neves questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas contas apresentadas. O processo pode levar à cassação da chapa. Por sua vez, Herman Benjamin enviou, neste fim de semana, ofício a cada ministro do TSE, avisando que enviará seu voto com 10 dias de antecedência para que possam estudá-lo antes do julgamento em plenário.

E aí surgem naturais indagações. É fato que Temer possui o apoio robusto no Congresso, mas a oposição não vai dar trégua. Contesta cada ato de seu governo. Além disso, os vazamentos de áudios envolvendo diversos personagens da equipe ministerial de Temer e caciques do PMDB colocaram em xeque o comprometimento do governo com a Lava-Jato. E não custa especular qual o cenário sobre a remota saída de Temer do poder. Como já corre no ano de 2017, haveria eleição indireta em 30 dias, com a interinidade de Rodrigo Maia no Planalto. Sobraria a Temer recorrer, recorrer, recorrer. Ganharia tempo, muito tempo.

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