Novo bombardeio a caminho
Quando todo Brasil achava que o bombardeio do empresário Joesley Batista havia deixado só rescaldo, percebe-se que ainda tem muita munição a ser detonada. Desta vez, o alvo são os deputados federais que receberam em 2014 a dinheirama, algo em torno de R$ 30 milhões da JBS, para eleger o deputado Eduardo Cunha, presidente da […]

Quando todo Brasil achava que o bombardeio do empresário Joesley Batista havia deixado só rescaldo, percebe-se que ainda tem muita munição a ser detonada. Desta vez, o alvo são os deputados federais que receberam em 2014 a dinheirama, algo em torno de R$ 30 milhões da JBS, para eleger o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara. Pelo país afora, o peemedebista comprou os 267 votos que abateu o petista Arlindo Chinaglia, apoiado por Dilma Rousseff.
Quando Cunha foi para a campanha, sua vitória era favas contadas. Agora, com ele condenado a 15 anos de prisão, o executivo Ricardo Saud, delator da J&F (holding da JBS), acertou com o Ministério Público Federal fazer um complemento de sua delação premiada. E ninguém
espere história de carochinha. Saud irá relatar nomes dos deputados, com os respectivos valores que teriam recebido em dinheiro vivo para apoiar a eleição de Cunha no dia 1º de fevereiro de 2014.
Com essa delação, a população saberá o nome de cada deputado que vendeu o voto e quanto recebeu. Obviamente, vários deles batem ponto na bancada maranhense. Eles faziam verdadeira reverência a Eduardo Cunha como presidente da Câmara e responsável pela abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Já encalacrado na
Lava-Jato, Cunha chegou à petulância de fobar que entraria para a história como o responsável pela derrubada de dois presidentes da República. Era ameaça explícita a Michel Temer, seu aliado antes e depois da derrubada da Dilma.